"Este
Tweet violou as Regras do Twitter sobre a publicação de informações enganosas e
potencialmente prejudiciais relacionadas à COVID-19", afirma a plataforma.
O texto, porém, foi mantido no ar: "O Twitter determinou que pode ser do
interesse público que esse Tweet continue acessível", afirma a empresa.
A
Saúde afirma na publicação que o paciente deve procurar uma unidade de saúde e
solicitar o "atendimento precoce", se sentir sintomas da covid-19. Na
sexta-feira, 15, o Twitter fez o mesmo alerta sobre uma publicação do
presidente Jair Bolsonaro que defendia o mesmo tratamento ineficaz para a
covid-19.
Procurado,
o ministério não se manifestou sobre o alerta do Twitter. Rejeitada pela a
Organização Mundial da Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI),
entre outras entidades, a prescrição destes medicamentos virou aposta do governo
Jair Bolsonaro. Após dois ministros (Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich)
deixarem o ministério por divergências com o presidente, coube ao general
Eduardo Pazuello mudar a orientação da Saúde sobre o uso destes fármacos, que
passaram a ser indicados desde o primeiro dia de sintomas da doença.
Mesmo
alertado sobre o colapso de saúde em Manaus, Pazuello e sua equipe voltaram a
apostar no "tratamento precoce" como saída para a crise na capital do
Amazonas. Nesta semana, o general pressionou médicos a prescreverem
medicamentos de eficácia questionada e lançou na cidade o TrateCOV, aplicativo
que ajuda no diagnóstico da covid-19 e sugere o uso do tratamento precoce.
Bolsonaro culpou a crise na cidade, que está sem oxigênio para pacientes da
covid-19 e bebês prematuros, pela falta deste tratamento.
Sob ordem de Bolsonaro, o laboratório do Exército turbinou a sua produção de cloroquina. Fez mais de 3,2 milhões de comprimidos na pandemia. Em novembro de 2020 havia cerca de 400 mil unidades em estoque. O País também recebeu cerca de 3 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da farmacêutica Sandoz, mas até dezembro não conseguiu distribuir nem sequer 500 mil unidades. Além da baixa procura, o fármaco foi enviado em caixas com 100 ou 500 comprimidos e precisa ser fracionado - com custo repassado a Estados e municípios.
Com informações portal Correio Braziliense
Leia também:
Políticos se mobilizam por Manaus entre troca de farpas e acusações
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.