Reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa (Foto: Divulgação/Anvisa) |
Nos pareceres e votos que embasaram a aprovação do uso emergencial das vacinas Coronavac e de Oxford ontem, servidores e diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em contraponto ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Eduardo Pazuello, defenderam a ciência e a segurança das vacinas e refutaram a existência de tratamento precoce contra a covid - defendida pelo Ministério da Saúde e por Bolsonaro com base em medicamentos comprovadamente ineficazes, como a hidroxicloroquina.
Antes mesmo do início dos votos dos cinco diretores da Anvisa, a Gerência-geral de Medicamentos da agência argumentou que a recomendação pela aprovação dos imunizantes se justificava, entre outras razões, pela ausência de tratamentos efetivos contra a covid.
A diretora relatora dos processos, Meiruze Freitas, também ressaltou esse ponto em seu voto. "Até o momento, não contamos com alternativa terapêutica aprovada e disponível para prevenir ou tratar a doença causada pelo novo coronavírus", declarou ela.
Também contrariando Bolsonaro, que já lançou dúvidas sobre a segurança das vacinas, os diretores ressaltaram a importância do imunizante para controlar a pandemia e alertaram para a necessidade da manutenção das medidas de proteção individual.
"(Considerando) Que as vacinas são a forma mais eficaz de prevenir doenças infecciosas, salvando milhões de vidas em todo o mundo, acompanho a relatora e voto por autorizar o uso emergencial em caráter experimental das vacinas de covid-19", disse o diretor Romison Rodrigues Mota.
Até o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, aliado de Bolsonaro e que criou polêmica em março ao participar de atos sem máscara com o presidente, defendeu as medidas de proteção individual e recomendou que a população se vacine.
Os
diretores também defenderam decisões baseadas na ciência e negaram
interferência na agência. "O momento é histórico, de enfrentamento real à
pandemia, capaz de reverter esse cenário devastador, um divisor de águas na
história.
Com
informações portal O Povo Online
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