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Ontem
(10/01) completou um mês da deflagração da Operação Salus em Altaneira que culminou
com a prisão preventiva de 13 pessoas, sendo dois secretários municipais
(Finanças e Saúde), um ex-secretário de Saúde, dois empresários, servidores e
assessores do prefeito municipal Dariomar Rodrigues (PT), afastamento de outros
servidores de funções e bloqueio de bens dos investigados. Ao todo foram 113
mandados de busca e apreensão.
A Operação Salus foi conduzida pelo Núcleo de Repressão à Lavagem de Dinheiro e combate à corrupção (NRLD) da Polícia Civil que tem por objetivo esclarecer as circunstâncias em que se verificaram os ilícitos penais consubstanciados nos tipos Lavagem de Dinheiro, Peculato, Associação Criminosa e Fraude à Licitações em Concurso Material de Crimes.
O prefeito Dariomar Soares (PT) se manifestou publicamente apenas uma vez sobre a operação que aponta uma “organização criminosa” instalada na Prefeitura. A única manifestação do prefeito se deu ao anunciar na rede social Instagram na tarde do mesmo dia da operação os novos titulares das secretarias municipais de Administração e Finanças e Saúde.
Na ocasião o prefeito disse que estava surpreso com a operação e disse acreditar ser “perseguição política” para prejudica-lo.
Dois dias depois os juízes da Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza levantaram o sigilo sobre um dos autos demonstrando que a investigação foi iniciada após a prisão de um empresário altaneirense. Do celular apreendido foram extraídas mensagens com indícios de crimes contra a administração pública, em especial fraude a licitações. Com a quebra de sigilo telefônico servidores e secretários municipais foram flagrados articulando esquema de favorecimento a empresários locais.
A liberação dos autos provou que o prefeito Dariomar, mais uma vez, faltou com a verdade, pois a investigação não tem nenhuma relação com a política local e o alvo principal da operação era a secretaria municipal de Saúde e não empresas de outras cidades como afirmou em sua declaração no Instagram e em entrevistas.
Na Sessão Solene de Posse dos eleitos em 15 de novembro apenas o vereador Ariovaldo Soares (PDT) tocou no assunto, lamentando o fato e pediu que as instituições como Procuradoria, Ouvidoria e Controladoria funcionasse no Município, foram as únicas pastas que os titulares não foram nomeados.
Decorridos 30 dias da Operação o Delegado responsável pelo caso indiciou todos os presos na Operação e mais 11 Pessoas. Nenhum bem apreendido foi liberado. O Tribunal de Justiça já negou Habeas Corpus para seis presos e O Superior Tribunal de Justiça negou de uma.
Apenas a uma empresária e uma servidora foi concedida a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, ambas tem filhos menores de 12 anos, os demais continuam nos presídios de Crato e Juazeiro do Norte.
A
Operação Salus foi amplamente noticiada nos principais jornais e telejornais do
Ceará e reproduzida em vários portais nacionais.
Juiz retira sigilo da Operação Salus. Investigação não tem conotação política
Os estranhos diálogos captados na Operação Salus
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