Edna Sabóia, coordenadora de eleições do TRE-CE, admitiu que 2020 foi um ano desafiador (Foto: Julio Caeser) |
Um eleitor criou tumulto numa das zonas eleitorais de Fortaleza e este foi o único crime eleitoral registrado em todo o Ceará no último domingo, data de realização do segundo turno na Capital e em Caucaia. No mais, a eleição parece ter corrido com tranquilidade, apesar dos muitos desafios enfrentados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará em prover condições sanitárias adequadas à situação de pandemia nos dois turnos. Foi o que relatou, ontem (01/12) Edna Saboia, coordenadora de Eleições do TRE-CE.
A Covid-19 foi enfrentada pelo Tribunal com distribuição de álcool em gel, distanciamento social nas filas, equipamentos de segurança para mesários, dentre outras medidas. No entanto, o "vírus da desinformação" parece ter corrido solto, destacou a coordenadora. E o problema deve ser o foco da Justiça Eleitoral nos próximos anos, até a chegada do próximo pleito, em 2022.
"Tivemos muitos ataques em 2018 e neste ano não foi diferente", explica Saboia. Segundo a coordenadora, procedimentos tradicionais ao processo, como a distribuição de urnas ou até mesmo o potencial de segurança dos equipamentos têm sido constantemente questionados, o que ela atribui a falta de envolvimento dos eleitores com as informações prestadas pelo órgão.
Por isso, até as eleições gerais estão previstas palestras em escolas e a divulgação de informações corretas por meio dos veículos de comunicação e de agências de checagem. Segundo Sabóia, o objetivo é que, à medida em que as notícias falsas forem aparecendo, logo sejam corrigidas. "Essa vai ser a grande bandeira para 2022, atuar na informação do eleitor", completou.
Outro ponto que volta a chamar a atenção é o fato de mais eleitores terem deixado de comparecer às urnas nos dois turnos de 2020, principalmente em Fortaleza. No primeiro domingo de votação, 21,84% dos mais de 1,8 milhão de eleitores aptos na Capital não votaram. Já no dia 29, esse índice vai para 22,78%.
Saboia diz que o índice está dentro de uma média aceitável, já que a abstenção em Fortaleza continuou abaixo da registrada nacionalmente, que foi de 23,14% no primeiro turno, para 29,43% no segundo. No primeiro turno, com todas as cidades participando, o Ceará figurou entre os três estados do País com o menor índice de faltosos, registrando 16,93% no primeiro dia de votação.
Os faltosos tanto no primeiro como no segundo turno têm até 60 dias após cada votação para justificar a ausência. Quem não compareceu à urna no dia 15, tem até 14 de janeiro para apresentar algum documento que explique a falta. Já quem deixou de ir no segundo turno, tem até 28 de janeiro para realizar a justificativa.
A partir de agora, outra preocupação da Justiça e dos eleitores é a regularização do Título de Eleitor para aqueles que não fizeram o cadastro biométrico antes das eleições. Um total de 265.291 cearenses estão nessa situação. Puderam votar em 2020, já que o serviço biométrico foi desativado, mas ainda precisam realizar o procedimento de atualização cadastral, pois o documento poderá ser novamente cancelado. O cadastro biométrico estará disponível a partir do próximo dia 9 de dezembro, afirma a coordenadora.
Com
informações portal O Povo Online
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