Plano de Contingência contra a Covid-19 classifica o Ceará em estado de "perigo iminente" (Foto: Barbara Moira) |
Conforme o secretário, o Estado se antecipa fazendo aquisição de EPIs, de seringas, fazendo a logística e, inclusive, fazendo planos distintos a partir dos diferentes tipos de vacina. "O Ceará está, sim, buscando alternativas para suprir em tempo mais rápido possível a população de soluções. Entre elas, as vacinas", garantiu. "O Ceará ampliou número de casos mas não o número de óbitos. Em Fortaleza, isso já não é a mesma coisa. Embora ainda em número pequeno, houve um discreto aumento no número de óbitos", diz.
De acordo com Marcelo Gurgel, professor de Saúde Pública e membro do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Covid-19 da Universidade Estadual do Ceará (Uece), "o Ceará está em condições de responder prontamente a um aumento." Há um aumento sustentado de casos mas diferente do anterior, com faixa etária de casos mais jovem e taxa de letalidade menor. "Grupo que saiu para festas e bares e por razões eleitorais, que terminou incrementando a aproximação", diz.
"Não há ainda ameaça de esgotamento de recursos. Enfermarias ainda têm margem de ocupação e UTIs também. Houve melhora institucional na capacidade de expansão. Equipes já sabem lidar melhor com a doença", avalia. Há, contudo, risco de agravamento da situação na Capital principalmente por causa das festividades do final do ano e de aumento de casos novamente no Interior.
Com relação à vacinação, Marcelo destaca a larga experiência brasileira no Programa Nacional de Imunização e, no Ceará, a boa distribuição de hospitais e de unidades de referência e alta cobertura da estratégia de saúde da família. Contudo, a dificuldade será a aquisição de insumos para a aplicação e a refrigeração do imunizante.
Entre os procedimentos traçados no início da pandemia e agora no preparo da área clínica, vigilância epidemiológica e laboratorial nas unidades do Estado, a pasta menciona a atualização da definição de casos, que hoje em dia não é somente laboratorial, e a atualização das condutas terapêuticas realmente eficazes.
A Sesa especifica a atualização da definição de contato próximo, orientação sobre o monitoramento de contatos e suspeitos, quando devem ser executados os testes diagnósticos. Há ainda a reorganização na rede laboratorial do Ceará, segundo perfil da amostra coletada, segmentada da seguinte forma: Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen-Ce) para pacientes, Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) para situações de pré-operatório e transplantes, e Unidade da Fiocruz no Ceará para testagem em massa e rastreamento e testes de assintomáticos e seus contatos. Além de reforço do teste de RT-PCR como o principal exame diagnóstico.
Com
informações portal O Povo Online
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