Turma apuradora de votos na década de 1990 em Bodocó-PE (Foto: arquivo pessoal do poeta Flávio Leandro) |
Ao
final da contagem, alguém corria lá fora - não tinha celular - e anunciava o
resultado da urna aos tímpanos efervescentes que se dividiam entre
"Modebras" e "Quisilas".
A
festa estrondova em batuque do lado de quem recebia mais votos. Eram três,
quatro, cinco dias nessa rimueta. Acompanhando agora a saga dos americanos em
seu pleito eleitoral, vejo que o Tio Sam é o Bodocó de tempos atrás.
Capengando,
voto a voto, numa humilhação patética perante o mundo, que destoa da revolução
tecnológica que brota a cada segundo do Vale do Silício.
Embora
existam vários partidos e até candidaturas avulsas, somente
"Republicanos" e "Democratas" se alternam no poder como no
reino de Bodocó, que por mais que se faça, que se tente, que se oferte uma
outra via, somente duas bandeiras tremulam no palco da muvuca separatista em
que se transforma meu município.
Hoje,
com o fortalecimento da urna eletrônica, o resultado é ligeiro que nem coice de
bacurim, num da tempo nem o caba dá uma sipitica, um passamento! É pêi, bufo!
O
jegue brasileiro ainda quis questionar, mas como lhe convinha, deixou rolar.
Torçamos para que o jegue americano entenda o que é vontade popular e sua
resultante no que eles chamam de maior democracia do mundo, mesmo com o pior
sistema de votos do universo.
Tchau,
trapo, pega tua tropa, e busca outro trampo, que tempo de extremista tá se
esvaindo! Inté!
Publicada
originalmente na página do poeta Flavio Leandro no Facebook
kkkkk eita que se fosse nesse esquema aí ele começava uma guerra civil agorinha lá
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