As novas datas do pleito em Macapá não foram definidas, mas ficou decidido pelo plenário do TSE que o processo de escolha do novo prefeito e vereadores deve ocorrer até 27 de dezembro. Barroso determinou o adiamento da eleição na noite de quarta-feira (11) ao atender pedido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá, alegando insegurança devido ao apagão que, há dias, assola o estado.
Em entrevista, mais cedo, o ministro disse ter sido informado de que as forças locais de segurança perderam o controle da situação e que facções criminosas estavam se aproveitando da crise energética para intimidar até mesmo representantes da política municipal e estadual.
"Na segunda-feira, eu conversei com o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá, que me disse que estava tudo sob controle, com a perspectiva de regularização do fornecimento de energia elétrica. Ontem (quarta), porém, ele me ligou com uma narrativa diferente, que a situação estava fugindo de controle, que as facções estavam operando à insatisfação das pessoas, que já tinha havido quebra-quebra, ameaça de cercar o palácio, que a PM não tinha contingente suficiente para conter as manifestações e monitorar as inquietações", relatou Barroso.
Barroso afirmou ter feito contato com a Polícia Federal e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e constatado o risco de "convulsão social" e aumento da criminalidade em meio a falta de energia. Protestos e conflitos se espalham especialmente pelos bairros periféricos de Macapá, onde a população sofre também com ausência de alimentos, água e remédios. "Eu me convenci que a medida mais prudente seria a suspensão das eleições. Em seguida, conversei com cada um dos colegas. Diante desse relato, a todos pareceu bem a suspensão," disse Barroso.
Ainda de acordo com o magistrado, ainda não existe uma data prevista para que a votação ocorra. "Temos a preocupação de que até 27 de dezembro tudo esteja encerrado. Vamos trabalhar nesse sentido. Só não me parece bem fixar datas agora. Pior do que fixar agora é remarcar depois. De modo que prefiro fixar definitivamente quando tivermos uma posição do TRE e das autoridades de segurança pública," completou o ministro. O governo federal falou em um prazo de dez dias para restabelecer o fornecimento, o que não abarcaria o dia da eleição, 15 de novembro.
Apesar de as urnas terem baterias com autonomia para o dia da votação, por segurança o TSE determinou que os dados com informações dos candidatos sejam zerados, para evitar fraudes.
Com
informações portal Correio Braziliense
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