25 de outubro de 2020

Em nota Secretaria de Saúde afirma não ser possível falar em 2ª onda de Covid

Anúncio acontece após aumento de casos na Região de Saúde de Fortaleza, proibição de eventos festivos no Estado e alerta do Consórcio Nordeste


A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) informou em comunicado na manhã de ontem (24/10) que ainda não é possível apontar uma segunda onda da Covid-19 no Ceará. O informe vem após aumento de indicadores da pandemia, proibição de eventos e alerta do Consórcio Nordeste. Na nota, a pasta enfatiza que a impossibilidade se dá "na medida em que ainda persiste uma tendência de queda no número geral de casos" no Estado.

O texto contrasta o crescimento de 72% no número de novos casos na Região de Saúde de Fortaleza registrado na última semana com a queda nos registros em áreas como o Cariri e Crateús. "Há pequenos surtos localizados, seguidos por uma queda nos registros", destaca. A Sesa afirma que "vem acompanhando diariamente a evolução dos casos de Covid-19 no Ceará e vem observando uma flutuação geográfica das estatísticas".

Mesmo não apontando uma segunda onda, a pasta reconhece uma maior circulação do vírus em algumas áreas e positividade dos exames realizados. "A Secretaria segue avaliando o cenário epidemiológico e reafirma a importância da adoção de cuidados por parte da população cearense", expõe. Evitar aglomeração, usar a máscara e manter o isolamento social são medidas reforçadas pelo comunicado.

Na sexta-feira, o governador Camilo Santana anunciou, em pronunciamento nas redes sociais, a volta da proibição de eventos festivos em ambientes fechados em todo o Estado. A medida entrará em vigor amanhã, 26, na aplicação do próximo Decreto Estadual. Há uma semana, a lotação máxima em eventos sociais, festas e shows, que era de 200 pessoas, havia sido reduzida para 100.

No mesmo dia, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste publicou seu boletim nº 12, atualizando a situação da Covid-19 em todos os estados da região e alertando para "possível segunda onda caso medidas de flexibilização sejam exageradas". Segundo o comitê interestadual para combater o novo coronavírus, sete dos nove estados nordestino apresentam alto risco epidêmico que pode ser agravado pela chegada de turistas vindos da Europa, onde comprovadamente há uma segunda onda da doença.

Em relação ao Ceará, o documento observa que "a abertura foi gradual e controlada, porém um salto agora é preocupante". Os resultados de três modelos de evolução aplicados para o Estado apontam para valores limites de reprodução efetiva R(t) entre 1,01 e 1,50. Usada para acompanhar a possibilidade de novas infecções, a R(t) indica para quantas pessoas saudáveis um infectado pode transmitir a doença e está dividida em níveis. Valores acima de 1 são considerados altos e indicam crescimento de casos ativos.

Segundo o Consórcio Nordeste, apenas Alagoas e Rio Grande do Norte têm risco epidêmico em queda. Para o Ceará, o comitê indica tendência de alta nos casos e tendência de estabilização dos óbitos.

Com informações portal O Povo Online

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