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| No vídeo da secretária Jamilla percebe-se o papel toalha sobre uma mesa (Foto: Reprodução/PI) |
O que era para ser uma simples reclamação de uma enfermeira concursada virou uma série de mentiras e uma história mal contada, expôs uma crise na Secretaria Municipal de Saúde do Município de Altaneira. A enfermeira Ivana Alcântara compartilhou nas redes sociais uma foto com a doação de papel toalha, com a informação de que estava em falta na sua unidade de trabalho.
“Doação que fiz de papel toalha, pq enxugar as mãos com toalha em época de covid, não rola! Só postei pq ouvi em algum lugar que a saúde de Altaneira era a melhor da região. E não é não viu, tem nada bom. A única coisa top na saúde são os profissionais (com raras exceções) e mesmo assim ainda são altamente desvalorizados!” e Dra Ivana finaliza sua mensagem com um recado direto: “E só lembrando que para cada mentira soltada, uma verdade revelada!”.
Poucos minutos depois o servidor Italo Duarte, publica no seu blog, um vídeo com a secretária municipal, Jamilla Landim, com a seguinte chamada: “SECRETÁRIA DE SAÚDE DESMENTE SERVIDORA SOBRE FAKE NEWS”, assim mesmo em caixa alta, mas o vídeo nada desmente, comprova apenas que o almoxarifado tinha recebido o papel toalha e este ainda se encontrava sobre a mesa.
Os documentos exibidos pela secretária são imprestáveis para provar o alegado, uma vez que nada se ver na documentação exibida, mas em debate no grupo de WhatsApp do BA o próprio blogueiro e assessor de comunicação do Governo, Italo Duarte, admite que possa ter faltado papel toalha em algum setor.
Outros profissionais da Saúde confirmaram a denúncia da enfermeira Ivana e Assistente Social Carla Santos lembrou fatos que configura assédio moral por parte da gestão.
“... a sorte é que vocês são CONCURSADOS especificamente da secretaria de saúde, do contrário, iriam ser removido para outra secretaria por cometerem essa audácia de reclamar condições de trabalho publicamente” escreveu, relatando fatos de uma reunião com servidores da pasta.
O fisioterapeuta do NASF, José Assis, confirmou o fato, lembrou que o cargo de gestor da Secretaria de Saúde temporário e que tal frase “não deveria usar para ninguém”.
Maria Vilar, nutricionista da secretaria de Saúde, também confirmou as informações e citou e disse que sempre repete as palavras de Mario Quintana em relação a situação “eu passarinho, eles passarão” e lembrou que isto é “mais uma imitação do governo Federal. Não gosta de concursado”.
Alguns servidores comissionados e outros contratados de forma temporária tentaram defender a gestão, mas sem muito êxito.
Encerrando o debate Carla Santos comentou: “Eu diria que basta apenas pedir o reconhecimento de um direito líquido e certo que você é removido para outro setor, e pior, sem base legal para tal ato”.
Clique aqui e acompanhe parte do debate sobre o tema no Facebook.
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