O vereador Professor Adeilton teve seu homologado como candidato a vice-prefeito da coligação PDT/PSD (Foto: Weslley Vieira) |
“Nós tínhamos um grupo coeso de oposição, fizemos uma oposição muito forte ao governo do ex-prefeito Delvamberto, pequei em muitos aspectos pela emoção, inexperiência, por falta de maturidade, mas também por acreditar na bandeira da mudança e por defender os princípios e o grupo ao qual representava”, afirmou Adeilton em tom de desabafo.
O professor destacou ainda que, se chateava muitas vezes quando o ex-prefeito dizia, segundo ele, que “parte dos vereadores da oposição não estavam com ele porque ele não queria”, pois chegaria até a “colocar a mão no fogo” por alguns de seus ex-colegas de bancada, porém, ainda em 2018, após as investidas do atual gestor, teve que reconhecer que Delvamberto estava certo.
Adeilton ressalta que fora importante a junção dos vereadores Valmir (PDT), Antonio Leite (PDT), Cier Bastos (PDT) e Flávio (SD) a ele no grupo opositor e que, a partir de então, foi possível dar continuidade ao seu trabalho de vereador de posição.
O professor afirma ainda sempre ter defendido o nome do empresário Ricardo Arrais (PSD) como indicação prioritária de seu partido para composição da chapa majoritária, devido sua postura como ex-candidato a prefeito e cidadão, porém o mesmo já havia desistido da disputa.
Adeiton cita ainda, trechos de uma reunião em que o ex-prefeito Delvamberto Soares teria questionado se todos estariam satisfeitos com a “grande gestão” que estava acontecendo no município, se todos iriam ficar de “braços cruzados” com a situação em que a cidade se encontrava fato que havia reacendido sua vontade de continuar na política.
O candidato é enfático em afirmar “se o professor Adeilton quisesse estar no poder, estaria com o gestor atual, porque a proposta que nós recebemos de adesão era pra fazer oposição a Delvamberto”.
Ainda segundo Adeilton, ele afirma que se reuniu com seus correligionários e decidiu não aceitar as investidas do prefeito atual. “Eu fui eleito pelo grupo de oposição, eu votei em Ricardo e não na atual gestão e não me via, pela lealdade que tenho aos meus eleitores, defendendo um governo no qual eu nunca acreditei e sabia que o prefeito atual não tinha capacidade de fazer uma gestão e organizar o município”.
Adeilton diz ainda que o momento atual do município requer exatamente o que está acontecendo, uma união em prol do desenvolvimento da cidade. Que para se compor a chapa com Ana Kesia (PDT), foram realizadas várias reuniões, mas que se chegaram ao entendimento de que Altaneira era mais importante do que qualquer desavença pessoal e que hoje há uma união de famílias, historicamente adversárias na política local, em prol desse projeto.
Ao final de seu discurso, o professor, emocionado, faz referência a seus familiares que, segundo ele, “pagam um preço tão alto” devido sua decisão de entrar na política e suas escolhas desde então. “Vocês não deviam pagar um preço tão alto por eu falar a verdade, por eu falar o que sinto, falar e defender aquilo que eu acredito. Quem tem que pagar alguma coisa por isso sou eu.”
Adeilton disse também que possivelmente irá se despedir da política nesse pleito e convocando o povo altaneirense para não cruzar os braços, não se calar.
“Se for para continuar na vida pública dizendo amém a quem não merece ou concordando com o errado não faz nenhum sentido. Pedir a vocês, meu pai, minha mãe, meus irmãos, talvez essa seja a última eleição que vou participar, mas eu não podia dizer um não a uns parceiros, uns amigos e, principalmente, a cidade de Altaneira”.
E concluiu:
“Aceito o desafio de ser candidato a vice-prefeito de minha terra com muita honra e com o maior senso de responsabilidade, me sinto preparado para tal. Reafirmo meu compromisso e lealdade ao nosso grupo e vamos juntos mudar Altaneira”.
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