Além de bandeiras e faixas, já cativas do público, o que deve nortear as campanhas desde ano é o marketing digital. A procura intensifica-se, principalmente, com cenário de pandemia do novo coronavírus ainda instalado, já com partidos políticos se adaptando para realizar as convenções partidárias em um formato virtual e remoto, sem parâmetros anteriores.
Para os candidatos, a pandemia também ajudou na adaptação aos formatos virtuais. Os que optarem pelo modelo deverão utilizar com mais frequência as ferramentas tecnológicas para tentar aproximação dos correligionários e da população. As agremiações começaram a capacitar pré-candidatos a utilizar melhor as redes sociais, além de apostarem em engajar a militância.
A estratégia da comunicação pela imagem no mundo virtual, da linguagem da sedução das mensagens publicitárias do mercado de consumo, já virou marca registrada em 2020, na fase de pré-campanha, aplicada estrategicamente e de maneira particular à comunicação política. Assim como se dá a concorrência entre marcas e produtos, acontece o jogo de estratégias políticas numa concorrência democrática, através da construção de imagens e de marcas de candidatos num verdadeiro mercado político.
É como analisa a professora do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), Débora Barem. Segundo ela, há uma migração expressiva na procura por profissionais que trabalham em redes sociais.
"Hoje, há um avanço forte na busca por serviços de gestão de páginas de redes sociais e que ensinam a gerir esses recursos, ou seja, como fazer palestras virtuais e que material você deve usar. No fundo, teremos um avanço no que chamamos de tradicional, mas aquilo que é diferenciado, como as formas de acessar o eleitor pelo WhatsApp, por exemplo, estará em crescimento" avalia.
Segundo o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-Ce) e sócio-fundador da Aveiro Consultoria, Raul dos Santos Neto, a tendência é que, com desenvolvimento dos canais de contato via rede sociais, candidatos procurem novos mercados de comunicação com o eleitor.
"Além da pandemia os canais estão mais modernos, então você tem que buscar os canais alternativos e o marketing digital é essencial para quem deseja se comunicar com o eleitor na busca pela conquista de um cargo eletivo. Não só políticos, mas as empresas estão tendo que se modernizar para atingir um público maior" analisa.
Para a doutora de Comunicação Social e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Helena Martins, a procura pelos serviços de inteligência digital deve-se às transformações históricas na comunicação, cujo foco se tornou mais evidente neste ano.
"Há outras possibilidade do contato por mais canais. A pandemia muito mais acelera processos já em curso do que, de fato, inaugura. Desde a campanha de 2014, de uma maneira mais nítida, o lugar da internet cresce muito, em 2018, a gente teve o processo da reforma eleitoral que reduz tempo de TV, por exemplo", considera a professora.
Com informações portal O Povo Online
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