Praias de Fortaleza registram aglomerações mas taxas em continuam em queda (Foto: Thais Mesquita)
"O que garante a imunidade de rebanho é a vacinação. No caso do Sars-CoV-2, o índice que se calcula pra imunidade de rebanho é muito alto, ou seja, muitas pessoas precisariam ter anticorpos contra o vírus por meio do adoecimento anterior. A queda no número de casos em Fortaleza pode ser porque as pessoas mais suscetíveis já pegaram a doença, mas não se pode tirar dessa equação o isolamento social e o uso de máscaras", afirma Helder Nakaya, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e integrante da Comissão de Ensino da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI).
"É difícil colocar em uma fórmula matemática que o observado em Fortaleza seja resultado de uma imunidade de rebanho. Todos os pesquisadores que tentam usar modelos para fazer projeções precisam levar em consideração uma série de fatores. Para afirmar tal coisa, é preciso fazer testagens em massa e ver a prevalência para ver qual o percentual da população é positiva", indica.
Para o médico infectologista Keny Colares, o termo não pode ser usado em contexto que não seja o da vacinação. "Imunidade para a Covid-19, só se 60% da população estivesse vacinada. Quem está utilizando o conceito na tentativa de negacionismo da doença, para dizer que o problema está resolvido, que a doença foi embora ou que não precisa mais ter tantos cuidados, está 'forçando a barra'", aponta.
Com
informações portal O Povo Online
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