Partidos definem estratégias que se adequem à nova realidade

Legendas articulam-se para os períodos de pré-campanha e de campanha eleitoral que devem começar a se acirrar com a chegada das convenções partidárias, marcadas entre os dias 31 de agosto e 16 de setembro. É consenso entre porta-vozes das siglas que as redes sociais serão um diferencial no período, mas, apesar das dúvidas provocadas pela pandemia, a campanha de rua não deve ser retirada do tabuleiro de possibilidades.

Presidente do PT no Ceará, Antônio Filho, o Conin, encara um cenário "desafiador e de aprendizado". Para ele já há exigência de que os partidos se adaptem e sejam criativos. "Nós temos massificado nossa presença nas redes sociais e acompanhado as diferentes situações sanitárias de cada região para desenvolver atividades políticas", afirma, citando a criação de programas no Youtube para apresentação de pré-candidatos.

Embora a ação virtual tenha grande força, as atividades presenciais devem ocorrer, na visão do dirigente, que sugere inclusive uma nova tendência: os drives-in. Na modalidade, atividades, geralmente de lazer, são feitas com todos dentro de carros. 

"De repente dá para fazer política nesse formato também", diz Conin, revelando que a pandemia continua preocupando pré-candidatos: "alguns do grupo de risco estão, até, reavaliando suas eventuais candidaturas.

Pelo Pros, o secretário geral Euler Barbosa diz que o planejamento é feito para as duas modalidades. "Estamos fazendo estudos sobre a viabilidade de convenções presenciais com menos pessoas e dependendo das recomendações sanitárias. Mas também estamos preparados para realizar o evento virtualmente". Na visão do dirigente, o meio eletrônico ganha muita força nesta eleição, mas não será o único modo de fazer política.

"Mesmo com todas as limitações, e obedecendo critérios de segurança, trabalharemos com atividades externas e em ambientes controlados. Mas a grande cara dessa eleição será a militância virtual", projeta, revelando preocupação com a "qualidade" daquilo que será veiculado no período. "Hoje, com as fake news, nós ficamos sempre com um pé atrás".

Líder Municipal do MDB, o deputado estadual Walter Cavalcante diz que cada cidade deverá ter suas particulares nas campanhas eleitorais de 2020. Para ele, será um misto entre o presencial e o virtual. "Agora, cada partido tem que ter responsabilidade de não fazer ações que possam repercutir em aglomerações que provoquem aumento de casos. Tem que haver critério, respeito e responsabilidade", pontua, projetando papel fundamental que as redes sociais terão. "Quem já tem trajetória neste campo larga em vantagem".

Com informações portal O Povo Online

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