O deputado Idilvan foi um dos primeiros a chegar ao Plenário da Câmara (Foto: Divulgação/Facebook) |
Em reunião com deputados federais concluída no começo da noite de ontem (20/07), o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) apresentou uma nova proposta para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cuja renovação deve ser votada hoje na Câmara dos Deputados.
Segundo
parlamentares que participaram do encontro, o Planalto recuou das principais
sugestões contidas no texto que havia encaminhado ao Legislativo ainda no
sábado, 18, dois dias antes do início da tramitação e apreciação da medida no
plenário.
O deputado Idilvan Alencar (PDT) que está acompanhando de perto dos debates sobre o Fundeb, o classificou positivamente a conversa com o ministro Ramos.
"Não abrimos mão das premissas do texto da professora Dorinha. Eles recuam de 2021 e do percentual da Renda Brasil", disse o parlamentar, que é vice-presidente da Comissão Especial do Fundeb.
O pedetista informou também que o Planalto alterou significativamente o documento que tinha preparado como contraproposta e que causou polêmica no Congresso. "Esqueça aquela proposta (levada à Casa no fim de semana). O Governo fez reunião e sinaliza avanços. Eu saí otimista e animado porque pode haver entendimento", contou.
Idilvan narrou que o Planalto teria acenado inclusive com o aumento de recursos para o ensino infantil, elevando o percentual de verba repassada ao fundo, mas sem citar cifras.
"O Ramos falou em mais dinheiro para a educação infantil e mais recursos para o Fundeb. Se for assim, adoro", brincou. No entanto, fez ressalva sobre o que de fato o Executivo irá encaminhar a partir desta terça-feira: "Se disser que temos certeza (do apoio à proposta), podemos correr risco".
A PEC do Fundeb torna fixo o fundo cuja vigência está prevista de 2007 até dezembro deste ano. Resultado de uma soma de tributos estaduais, municipais e federais, o mecanismo distribui recursos e assegura o financiamento da rede de educação em cidades mais pobres, que se valem da ferramenta para custear despesas que vão de material ao pagamento de salário de professores.
A proposta em votação aumenta a contribuição da União do patamar de 10% para 20%, com aumentos sucessivos e escalonados de 2021 até 2026, quando o índice chegaria ao estipulado no projeto.
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu mais cedo nessa segunda-feira que o relatório da PEC do Fundeb "está consolidado" e que, "se o Governo quiser fazer um outro programa para educação, dentro do Fundeb, pode ser aceito, claro", mas o "precisa ser para educação" e não para a assistência social.
"Se não for distante do que está no texto da deputada Dorinha, sim", prosseguiu o demista, "todos querem votar a favor e vamos construir isso. Estamos dialogando".
Com
informações portal O Povo Online
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