8 de junho de 2020

Protesto contra Bolsonaro em Fortaleza acaba em conflito com a PM

Polícia cerca praça Portugal impedindo a chegada de manifestantes que foram cercados e detidos nas ruas próximas (Foto: Fabio Lima)

Dezenas de manifestantes se concentraram na tarde de ontem em ruas do entorno da Praça Portugal, em Fortaleza, em protestos contra o governo Jair Bolsonaro e em defesa da democracia. Originalmente, atos estavam marcados para o próprio espaço da praça, mas acabaram redirecionados para outras vias da Aldeota por barreiras da Polícia Militar.

O protesto acabou em conflito com a PM, que alegou descumprimento do decreto de isolamento social rígido em vigor no Estado. Os manifestantes subiam a avenida Desembargador Moreira em direção à Praça Portugal, quando foram interceptados por avanço do Batalhão de Choque. Não há informação de pessoas feridas.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), uma mulher foi presa e outras seis pessoas conduzidas ao 2º Distrito Policial, onde assinaram termos de ocorrência (TCOs) e foram liberadas.

Entre os detidos, estava o suplente de deputado estadual Ari Areia (Psol). "Foram 2 horas de detenção injustificada, minha e de outros nove companheiros. Atendi por três vezes os agentes de segurança para dialogar. Depois disso veio a truculência: a polícia nos cercou, acuando um movimento pacífico, selecionando e efetuando prisões injustas", disse Ari no Twitter.

No Twitter, o governador Camilo Santana (PT) disse ser "defensor das causas que levaram aos atos", mas destacou necessidade de respeito ao decreto de isolamento social.

A SSPDS não respondeu questionamentos do jornal O POVO sobre o efetivo total da operação policial na área, nem sobre as razões para a montagem de barreiras na Praça Portugal - palco frequente para manifestações na região. Diversas viaturas do Raio, da Cotam e do BPChoque estavam na região.

Em 20 de maio, 25 manifestantes a favor do governo Jair Bolsonaro foram detidos em Fortaleza, também pelo descumprimento do decreto de isolamento social do Estado. Autuados, eles poderão pegar até um ano de prisão.

Com informações portal O Povo Online

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