Meus amigos, amigas e aqueles que não se reconhecem por nenhum desses dois gêneros. Nos últimos três anos e de forma mais constante nesses últimos dias, venho recebendo mensagens de incentivos e de apoios para que eu venha a concorrer a cargos políticos eletivos, seja ao legislativo ou ao executivo.
Inicialmente,
quero com muita alegria, honra e satisfação, agradecer a todxs que acreditam
que posso, ao desenvolver quaisquer umas dessas atribuições, contribuir na
construção de um município com equidade racial. Não descarto essa possibilidade
e não posso dizer que “dessa água não beberei”. Mas há alguns fatores que pesam
para que nesse pleito eu decida não concorrer a nenhum cargo, vejamos:
1
– Não estou filiado a nenhum partido;
2
– Nossa população ainda não está organizada politicamente de forma que possa se
desvencilhar dos dois polos que há tempos disputam o poder político partidário.
Entendo
que concorrer por qualquer partido não é o correto. É preciso escolher uma
agremiação que represente a minha forma de pensar e das que hoje temos no
município nenhuma delas atinge esse ponto. Não que as minhas ideais sejam
melhores, mas é necessário coerência, inclusive na escolha partidária.
Em
que pese ao segundo item, devo explicar que é fundamental para quem deseja ter
plano de entrar nesse meio e o enxerga como importante para construir uma
sociedade melhor, ter um projeto de enfrentamento as desigualdades,
principalmente aquelas advindas do preconceito, da discriminação, do racismo,
da misoginia, da lgbtfobia, do machismo, etc, e um plano estratégico de
envolvimento da população, principalmente as mais vulneráveis. Um bom
representante do povo precisa fazer tudo junto com a comunidade e para esta.
Diante
disso, afirmo que estarei tão logo passe os efeitos da pandemia do novo
coronavirus e que pudermos nos reunir presencialmente, nos articulando junto
com a juventude e com todxs que se sentirem interessadxs, com a finalidade de
estudarmos estratégias que nos permitam construir um município com mais
oportunidade, com mais representatividade das populações que sempre foram e
ainda são preteridas nos espaços de poder, nas principais decisões políticas,
econômicas, educacionais e culturais. Falo de negros, negras, descendentes de
povos nativos, lgbts, dentre outros. Objetivamos com esses encontros ainda a
descobertas de lideranças e que estas possam ser capazes de intervir
positivamente na sociedade e que almejem fazer da política partidária um meio
importante de transformação social.
Quero
com isso destacar que não basta simplesmente desejar a pré-candidatura, é
necessário antes disso, organizar nossa gente de forma que sejam capazes de
entender como funciona o sistema político e com isso traçar estratégias de
enfrentamento a este que ainda funciona nos moldes do coronelismo de outrora,
mas agora muito mais sutil e com uma nova roupagem.
Por
fim, aos que me incentivam e me apoiam, aquelxs que recentemente fizeram isso
nos nossos encontros virtuais, digo com otimismo - agora não é a hora, mas
vamos nos encontrar.
Abraço
virtual e fraterno a todxs.
Publicado
originalmente no Facebook
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