Atos a favor e contra Bolsonaro ocupam lados opostos da Esplanada dos Ministérios (Foto: PMDF/Divulgação) |
Os
apoiadores de Bolsonaro se concentraram ao lado do Museu Nacional da República
e, acompanhados com carro de som, caminharam em direção ao Congresso Nacional.
"A cruz significa um pedido de intervenção política, para que o presidente
consiga manter a democracia e nos livre de tudo o que é nefasto", afirmava
um dos organizadores, de cima do carro de som.
Em meio aos discursos, os apoiadores citavam passagens bíblicas e defendiam o impeachment de juízes do Supremo Tribunal Federal (STF). "Estamos buscando a justiça. Não estamos buscando fechar o Supremo. Queremos que a lei seja cumprida, os mais de 20 pedidos de impeachment dos ministros do STF estão arquivados. Davi Alcolumbre (presidente do Senado) tem que colocar isso na mesa e é isso que pedimos. Não é nada fora da lei. O que queremos é praticar a justiça na nossa nação. Deus há de salvar essa nação", alegava outro organizador.
A analista de sistemas Keila Oliveira Silva, 46 anos, foi sozinha ao ato. "Nós precisamos mostrar nosso apoio ao presidente, que segue uma política que queremos, baseada na família e no patriotismo. O que o Supremo está fazendo é uma vergonha, liberando presos e rasgando a Constituição. Não estão fazendo ações que vão melhorar a nossa pátria. Por isso, estou aqui lutando. Não quero deixar a zona que o Brasil está para os meus filhos", disse a moradora do Tororó.
Com faixas pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e contra o racismo, manifestantes contrários ao atual governo percorreram o lado oposto da Esplanada dos Ministérios.
Entoando gritos, como "Recua, fascista, recua. O poder popular que está na rua", eles saíram do estacionamento em frente ao Teatro Nacional e seguiram em direção ao Congresso.
O grupo contra o governo do presidente pede a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e novas eleições. Para o professor de filosofia Diogenes Francisco de Sousa Gomes, 33 anos, a campanha bolsonarista foi baseada na produção de fake news. "Precisa de apuração para que os envolvidos sejam punidos. Além disso, também sabemos que o governo apoia o fascismo e ataca minorias", pontua.
Os atos ocorreram sem cenas de violência, com os dois grupos respeitando a divisão, demarcada por viaturas e a polícia montada. Apenas quando as manifestações caminhavam para a dispersão, houve um princípio de tumulto, logo controlado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e com apoio dos organizadores
Com
informações portal Correio Braziliense
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