Fala ocorreu durante participação do governador em transmissão do movimento Direitos Já (Foto: Reprodução/Facebook) |
"O papel dos partidos é da união, nesse momento. Os partidos não podem enxergar só projetos. Tem que deixar de lado os projetos pessoais, os projetos partidários, e se unirem em defesa da democracia. Não é hora de remoer o passado nem simplesmente pensar em 2022, mas sim de pensar na importância de defender nosso País, nossas instituições", disse Camilo.
A fala ocorreu durante transmissão ao vivo do movimento "Direitos Já", que contou com participação ainda do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), do governador do Maranhão, Flávio Dino, e do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim.
Tese de Camilo de defesa de movimentos suprapartidários vai diretamente de encontro ao defendido por Lula na última segunda-feira, 1º, durante uma reunião do PT. "Li os manifestos (desses movimentos) e acho que tem pouca coisa de interesse da classe trabalhadora. Não se fala em classe trabalhadora, nos direitos perdidos", disse o ex-presidente.
"Sinceramente, não tenho mais idade para ser Maria vai com as outras. O PT já tem história nesse país", continuou o petista. Na reunião, que foi transmitida pelo partido nas redes sociais, Lula diz que, apesar de alguns manifestos terem "boas intenções", há outros organizados por pessoas que "querem pular do barco, apoiaram Bolsonaro e agora querem se desvencilhar dele".
Durante o debate, Camilo destacou ainda a importância de o Congresso Nacional debater temas que "fortaleçam a democracia", como renda mínima universal e reforma tributária. Cobrou ainda que o STF seja mais duro contra as fake news. "Esse é o processo que mais destrói a democracia, é preciso que o Supremo ponha ordem nessa questão".
Já Rodrigo Maia criticou movimento ligado ao Planalto que enxerga as instituições "um degrau abaixo" do governo. "É isso que a gente vem enfrentando (...) não tenho dúvidas de que o melhor caminho é colocar limites, que a gente consiga enfrentar esse momento difícil com diálogo. Com o governo isso existe, mas há um núcleo que está em uma linha ideológica, como os ministros da Educação, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente".
FHC, por sua vez, fez defesa de união semelhante à de Camilo. "Temos pessoas aqui de trajetórias diferentes, e estamos aqui porque estamos alertamos, porque percebemos que chegou a hora que, se continuar por esse caminho, nós vamos mal. Vamos acabar dando em coisa que não queremos, como a perda da democracia", afirma.
Com informações portal O Povo Online
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