Os ex-presidentes FHC, Lula e a ex-presidente Dilma criticaram o presidente Bolsonaro (Fotos: Reprodução/YouTube) |
Para
celebrar o Dia do Trabalhador, partidos de oposição fizeram uma live de mais de
seis horas, reunindo deputados, senadores, presidentes de legendas e
ex-presidentes. O encontro também contou com diversos artistas nacionais e
internacionais, incluindo o ator Danny Glover e o músico e ex-Pink & Floyd
Roger Waters. O encontro online foi a primeira vez em que os ex-presidentes
Lula e Fernando Henrique Cardoso se uniram por motivos políticos desde a
eleição de Collor, em 1988, quando FHC apoiou o petista no segundo turno.
Os
partidos de esquerda tinham planejada, desde março, uma manifestação para a
data. Por conta da pandemia, porém, o evento foi cancelado ainda naquele mês,
para evitar a propagação do coronavírus. Nem todos os presentes mencionaram o
nome de Bolsonaro, embora a maioria tenha tecido críticas diretas ou indiretas
ao governo federal.
“A comemoração do 1o de maio expressa a solidariedade dos
trabalhadores. Esse ano, temos a pandemia e as rápidas mudanças econômicas
provocadas pelas tecnologias, e o medo da pandemia e do desemprego”, afirmou
FHC.
“Não
é hora de nos desunirmos, mas de nos juntarmos para construir o futuro, a
partir as condições do presente. São (condições) negativas, mas são as que
temos. Temos que olhar pra frente, acreditar no futuro, olhar as pessoas e
marchar juntos. Enfrentamos alguns problemas antigos e outros novos e temos que
manter a democracia e a liberdade”, concluiu o ex-presidente.
O
ex-presidente Lula destacou as transformações que o vírus causou ao planeta em
poucos meses, cm o isolamento social na maior parte dos países e fortes
impactos econômicos. Lula também falou em se preparar para o futuro e, perto do
fim, disparou contra Bolsonaro, mas falou o nome do presidente apenas uma vez.
Disse que o chefe do Executivo “debochou com a memória da morte de mais de 5
mil brasileiros”.
“A economia deixou o capitalismo nú. Foram necessários 300
mil cadáveres para a humanidade ver uma verdade que os trabalhadores conhecem
que desde que nasceram. O que sustenta o capitalismo não é o capital, mas as
pessoas, os trabalhadores”, afirmou.
Já
a ex-presidente Dilma Rousseff dedicou parte razoável de sua fala para criticar
o atual presidente. Disse que Bolsonaro é um político “que não se envergonha de
promover a desordem e destruição da ordem apoiando protestos contra as
instituições democráticas”.
“A pandemia ganha contornos ainda mais graves no
Brasil. O presidente deixa de atuar como um líder que deveria salvar vidas
humanas. É triste que tenhamos que atravessar uma situação tão ruim em pleno
séc 21, tendo à frente um líder que elogia torturadores, desrespeita a vida das
pessoas, despreza a ciência e trata governadores e prefeitos como inimigos, e
se omite de uma crise econômica que se avizinha com desemprego em massa”,
criticou.
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Com
informações portal Correio Braziliense
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