A declaração foi um grupo de apoiadores que se aglomeravam em frente ao Palácio do Alvorada (Foto: Reprodução/Facebook) |
O
presidente Jair Bolsonaro disse na manhã de (02/05), que não será
alvo de nenhum "golpe" no governo. A declaração foi dada a um grupo
de apoiadores que se aglomeravam em frente ao Palácio do Alvorada. "Ninguém
vai fazer nada ao arrepio da Constituição" e complementou "Ninguém
vai querer dar o golpe para cima de mim, não".
Bolsonaro
enfrenta um momento de forte desgaste com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
e com o Supremo Tribunal Federal. Em 20 de abril, ele participou de um ato
público que pedia intervenção militar no país e o fechamento da Câmara e do
STF.
Em
entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada, neste sábado, o ministro
Luís Roberto Barroso, do STF, disse que, numa democracia, a maneira de se
administrar a decepção é com eleições. "Impeachment é a última
opção", afirmou.
Sem
se debruçar sobre acusações com potencial de levar Bolsonaro a deixar o governo
depois de Dilma Rousseff (2016) e Fernando Collor (1992), o ministro foi
taxativo: "É preciso que os fatos sejam graves, demonstrados".
Neste
sábado, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, vai prestar
depoimento à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República em Curitiba
(PR), sobre as acusações de intervenção de Bolsonaro na PF.
Na sexta-feira (01/05), Bolsonaro esteve reunido por cerca de três horas com o novo
ministro da Justiça, André Mendonça, no Palácio da Alvorada. O compromisso não
contava na agenda oficial das autoridades.
Moro
deixou o ministério na semana passada fazendo acusações diretas ao presidente e
exibiu, no Jornal Nacional, da TV Globo, mensagem de Bolsonaro cobrando mudança
no comando da PF, por causa de investigações envolvendo deputados
bolsonaristas.
As
informações levaram o ministro do STF Alexandre de Moraes a determinar a
suspensão de Ramagem no dia de sua nomeação, o que pegou o governo de surpresa
e deixou Bolsonaro indignado. Se no dia o presidente disse que entendia e
respeitava a decisão do Judiciário, no outro declarou que não tinha
"engolido" ainda o assunto.
Na
quinta-feira (30/04), Bolsonaro declarou, em transmissão feita por meio das
redes sociais, que tinha feito um "desabafo" ao avaliar como
motivação política a decisão do ministro Alexandre de Moraes, de barrar a
nomeação de Ramagem.
Bolsonaro
voltou a insistir para que o STF reveja a decisão e pediu para que os ministros
levem em conta o currículo do policial. Na PF desde 2005, Ramagem tem
experiência no combate ao crime organizado e de colarinho branco, mas teve a
indicação criticada por conta do lobby que os filhos do presidente fizeram para
que ele fosse o escolhido em substituição a Maurício Valeixo.
Com
informações portal Correio Braziliense
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