O vídeo confirma informações que já haviam sido divulgadas (Foto: Marcos Corrêa) |
"Determino
o levantamento da nota de sigilo imposta em despacho por mim proferido no dia
08/05/2020 (Petição nº 29.860/2020), liberando integralmente, em consequência,
tanto o conteúdo do vídeo da reunião ministerial de 22/04/2020, no Palácio do
Planalto, quanto o teor da degravação referente a mencionado encontro de
ministros de Estado e de outras autoridades", escreveu o ministro na
decisão.
"Assinalo que o sigilo que anteriormente decretei somente subsistirá quanto às poucas passagens do vídeo e da respectiva degravação nas quais há referência a determinados Estados estrangeiros", afirmou Celso de Mello. Moro deixou cargo em 24 de abril, após Bolsonaro exonerar o então diretor-geral da PF Maurício Valeixo. O ex-juiz alegou que não tinha sido informado da decisão.
Segundo o STF, o ministro decidiu divulgar a íntegra da gravação, com exceção apenas de trechos "em que há referência a dois países com os quais o Brasil mantém relação diplomática".
Trechos
O vídeo confirma informações que já haviam sido divulgadas. Como a que o presidente falou que não iria esperar "foder" a família dele, bem como teria chamado o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) de "bosta". Outra informação confirmada é a de que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamou Brasília de "porcaria" e "cancro".
Em outra parte, Bolsonaro enfatiza que os ministros deveriam concordar com as "bandeiras dele". Caso contrário, esperassem "em 2022 o Álvaro Dias, o Alckmin, o Haddad ou talvez o Lula e vá ser feliz com eles". Uma das ideias é o armamento. O presidente disse querer armar toda a população para que as pessoas pudessem reagir ao que chamou de ditadura. Nas palavras de Bolsonaro, "é facílimo" instaurar uma ditadura no Brasil. O presidente referia-se às decisões de governadores e prefeitos acerca do fechamento do comércio.
Outra declaração polêmica do ministro da Educação diz respeito ao STF. "O povo está gritando por liberdade. Eu por mim botava todos esses vagabundos na cadeia, a começar pelo STF", disse Weintraub.
Com
informações portal Correio Braziliense
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