Ações mais rígidas foram anunciadas ontem no Palácio da Abolição (Foto: Reprodução/Facebook) |
O governador Camilo Santana (PT) anunciou ontem (05/05) um pacote de medidas contra a Covid-19 que permite a circulação de pessoas apenas para finalidades "imprescindíveis", veta o fluxo de veículos na cidade, exceto para deslocamentos "devidamente justificados", e fixa barreiras de controle nas divisas da Capital.
Mais duro do que os anteriores, o novo protocolo sanitário de enfrentamento à pandemia tem validade até o dia 20/5, juntamente com o decreto estadual publicado em 19/3 que instituiu o isolamento social no Ceará e suspendeu atividades comerciais. É a quarta vez que o Governo prorroga a medida, agora com tópicos mais rígidos.
Apenas no Estado, o novo coronavírus já infectou mais de 11 mil pessoas e matou 795. A previsão é de que a rede pública de leitos de UTI atinja a capacidade máxima até a semana que vem. Desde o início da crise, o Governo abriu quase 500 unidades especiais para pacientes com a enfermidade.
Entre as mudanças desse conjunto de ações elaboradas por Estado e Município, está o confinamento compulsório de infectados ou suspeitos e o uso obrigatório de máscaras de proteção em todo o território cearense a partir de hoje. As demais providências, restritas a Fortaleza, têm validade de sexta-feira, 8, até o dia 20/5.
Uma delas é a fixação de esquemas de segurança nas divisas de Fortaleza, hoje o maior foco da doença em todo o Ceará, concentrando 8.509 casos de Covid-19 e 608 óbitos. A intenção é liberar apenas serviços essenciais nesse trânsito intermunicipal.
Outra determinação incluída nessa leva de precauções é a que proíbe a formação de aglomerações em logradouros públicos. Segundo texto do decreto, "fica vedada a circulação de pessoas em locais ou espaços públicos, tais como praias, praças, calçadões, salvo quando em deslocamentos imprescindíveis para acessar as atividades essenciais".
O documento estabelece ainda "controle de veículos particulares em vias públicas, salvo deslocamentos devidamente justificados, bem como veículos de serviços essenciais em funcionamento e deslocamento relacionados às atividades de segurança e saúde, transporte de cargas, serviços de transporte por táxi, mototáxi ou veículos disponibilizados por aplicativo".
Durante o pronunciamento ontem, o chefe do Executivo estadual admitiu que, "mesmo com todo os esforços, nosso sistema de saúde tem chegado ao limite" e que há "uma necessidade, recomendada pelos especialistas, de tomarmos medidas mais rígidas neste momento".
O documento editado reduz ainda a entrada nos
supermercados e farmácias a apenas um membro de cada família, com
distanciamento de segurança mínimo de um metro e meio caso haja fila de espera.
Com informações portal O Povo Online
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