Camilo esteve reunido durante toda a tarde de ontem com Roberto Cláudio para discutir novas ações (Foto: Reprodução/Facebook) |
"O que chega a ser um alento, embora com muita precaução", ressaltou o chefe do Executivo, que em seguida reforçou o papel das medidas de restrição para conter a propagação da doença.
"É fundamental o respeito ao isolamento para conseguirmos diminuir mais ainda a velocidade de contaminação e nossa rede de saúde ter capacidade de atendimento", declarou o petista.
Durante toda a tarde de ontem, Camilo se reuniu com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), para definir o conjunto de ações de enfrentamento à infecção no território estadual.
Válido desde o dia 8 de maio, o decreto que instituiu o "lockdown" (bloqueio total) na Capital expira hoje, juntamente com o documento que estabelece isolamento no restante do Estado. Camilo e Roberto Cláudio farão anúncio conjunto.
O cenário mais provável é que o governador prorrogue o decreto pela quinta vez, pelo menos até o fim do mês de maio, quando o Governo e técnicos teriam dados mais concretos sobre a progressão ou o recuo da enfermidade.
Até agora, o Ceará registra 28.112 casos confirmados de Covid-19 e 1.856 mortes. No Brasil, são 271.628 pacientes com a doença e 17.971 óbitos - 1.179 deles apenas entre a segunda-feira e ontem, num recorde do País, que ultrapassou pela primeira vez a marca dos mil mortos em apenas 24 horas.
Embora reconheça melhora no panorama de Fortaleza, foco da patologia no Estado e de apreensão por causa da carência de leitos, Camilo afirma que, "quanto mais o isolamento for respeitado, mais rápido sairemos dessa situação difícil e poderemos retomar outras atividades econômicas".
Nas
últimas semanas, o gestor tem sido pressionado pelo setor produtivo a
flexibilizar o decreto, permitindo a retomada dos trabalhos. Amanhã, o assunto
deve ser discutido em videoconferência entre governadores e o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido).
Em entrevista à Rádio O POVO/CBN no dia 13/5, o titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Carlos Roberto Martins Rodrigues, o Cabeto, assegurou que, para haver abrandamento nas regras contra o coronavírus, é necessária uma redução continuada no número de diagnósticos e de mortes.
"A escolha é muito clara. Quem faz isolamento social melhor e mais agressivo volta antes para a economia", defendeu o médico. Para ele, "fora dessas situações, seria muito arriscado fazer a flexibilização e ter o número de óbitos por desassistência".
Além de Fortaleza, o governador citou ainda a interiorização do coronavírus. Camilo admitiu "preocupação com o maior avanço do coronavírus no Interior, onde o Governo do Estado tem procurado ampliar cada vez mais a rede de atendimento".
O mandatário observou que os grupos de trabalho com representantes das secretarias estaduais e municipais discutem soluções e que qualquer decisão será tomada "sempre seguindo a ciência".
Com informações portal O Povo Online
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