Em manifestação na Esplanada dos Ministérios, presidente reiterou que tem o apoio do povo e das Forças Armadas (Foto: Evaristo Sá) |
O
presidente Jair Bolsonaro disse ontem (03/05), ao demonstrar apoio a
manifestação a favor do governo e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e
Congresso Nacional, que tem o apoio do povo e das Forças Armadas, e e que
"chegou no limite". O ato reuniu milhares de pessoas na Esplanada dos
Ministérios.
"Peço
a Deus que não tenhamos problema essa semana, porque chegamos no limite. Não
tem mais conversa, ok? Faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a
qualquer preço, e ela tem dupla mão. Não é a mão de um lado só não", afirmou,
dizendo, em seguida, que irá nomear hoje (04/05) o novo
diretor geral da Polícia Federal (PF).
A
fala do presidente remete à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que
suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem na direção da PF. No mesmo dia, em
discurso na posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André
Mendonça, o presidente evocou a Constituição. No dia seguinte, chamou de
"política" a decisão de Moraes e afirmou que quase houve uma
"crise institucional".
Em
outro momento, durante o ato deste domingo, Bolsonaro falou novamente que quer
a verdadeira independência dos poderes. "Chega de interferências. Não
vamos mais admitir. Deixar bem claro isso aí. Acabou a paciência", afirmou.
O
presidente estava no Palácio ao lado de sua filha mais nova, Laura, e um dos
filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Outros parlamentares
bolsonaristas também estavam no local, como Bia Kicis (PSL-DF) e Hélio Lopes
(PSL-RJ). Nenhum deles estava de máscara.
O
grupo grande de pessoas que estava na porta do Palácio fazia parte de uma
carreata que houve mais cedo na capital. A manifestação ignora as orientações
de distanciamento social como medida para frear a disseminação do novo
coronavírus. O próprio ministro da Saúde, Nelson Teich, disse na semana passada
que a pasta nunca mudou a orientação de manter o isolamento social. Durante o
ato, no entanto, uma criança passou pela grade e correu até o presidente, que a
abraçou e tirou foto. Minutos depois, a mesma criança levou outra para abraçar
Bolsonaro e tirar fotos.
O
presidente desceu a rampa, mas ficou a um certa distância da grade e, dessa
vez, não tirou fotos ou tocou apoiadores, como fez em outros momentos. Ontem (02/05), foram confirmadas 6.750 mortes por Covid-19 no Brasil e 96.559
casos de coronavírus.
A
manifestação deste domingo também foi contra o ex-ministro Sérgio Moro, que se
tornou o mais novo alvo de bolsonaristas após sair do governo acusando o
presidente de interferência política na Polícia Federal. No último sábado, Moro
prestou um depoimento de mais de 8 horas na PF.
Com
informações portal Correio Braziliense
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.