É
assustador o número de infectados pela pandemia do coronavirus, a Covid-19, no
país. Dados colhidos junto ao Ministério da Saúde nesta tarde constata-se que o
Brasil já ultrapassou a barreira dos 45.000 casos confirmados da pandemia e
mais de 2.000 mortes. É estarrecedor.
Tudo em pouco mais de um mês.
Só
no Estado do Ceará segundo boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa)
desta quinta-feira, 23, são mais de 4.000 casos confirmados da Covid-19 e pouco
mais de 200 mortes. São dados que, no mínimo, eram para gerar perplexidade. E
isso tudo mesmo com todas as medidas adotadas pelo governo estadual.
Ocorre
que esse vírus circula muito rápido e ações corriqueiras, simples que deveriam
ser tomadas para evitar o contágio e, portanto, a proliferação não estão sendo
adotadas por alguns populares. A própria capital do Estado que é um dos grandes
focos dessa pandemia já teve dificuldades de implementar essas medidas - como
evitar aglomerações, evitar sair de casa a não ser caso de extrema necessidade
e usar máscaras todas as vezes que essa necessidade aparecer.
Em
Altaneira, na microrregião do cariri oeste, não há registros de casos de
infectados pela pandemia e muito menos mortes por ela. O que é importante, mas
não é sob nenhuma hipótese motivo para afrouxar os cuidados. Muito ao
contrário. Uma parcela significativa da população da "terra
alencarina" entendeu desde o início. No entanto, outra parte também
significativa não está levando a sério. E esse problema vem do início.
Nunca
na contemporaneidade o brasileiro e, em particular o altaneirense foi tão
bombardeado (de forma positiva) de informações quase que instantânea sobre um
mesmo assunto. Mas essas informações parecem não ser absorvida como de fato
deveriam. Constata-se concomitantemente que essas informações não estão
contribuindo para gerar conscientização e, se não há conscientização não se
observa nessa parcela da população atos sadios para si, para sua família e para
todos que os circundam. Não é falta de informação. É falta de empatia.
É
estarrecedor olhar imagens de altaneirenses que desafiam o poder altamente
destruidor da Covid-19 e saem as ruas sem a menor proteção, como máscaras e
álcool em gel. O governo deveria oferecer? Sim, ao menos máscaras para aqueles
que não dispõem de condições financeiras para tal. Mas e aqueles que possuem e
mesmo assim agem como se nada, absolutamente nada, estivesse ocorrendo?
A
normalidade paira ainda (infelizmente) em certos grupos. Basta sair as ruas
(com proteção) e logo se verificará esse cenário lamentável. Repito – mesmo com
todas as informações, orientações da mídia local (blogs e rádio) e também do
governo municipal. A noite não está tendo festa dançante (era só o que faltava)
mas a quantidade de pessoas pilotando moto sem necessidade é de entristecer. É
um desafio constante ao contágio.
A
quantidade de pessoas nas calçadas em certas ruas e nestas próprias também é
uma constante.
Não
é hora de bater papo com vizinho/a. Não é hora de sair para comprar uma cachaça
e passar a noite andando. Não era de usar moto e carro e também passar a noite
passeando. Não era hora de usar as praças para encontros. Não é hora de se
desesperar e passar a noite sem dormir e ir para a tenda sem a menor proteção
(sei dos casos em que esse dinheiro é, talvez, a única forma de colocar
alimentos em casa, mas sem saúde o alimento também não vem), porque o dinheiro
não vai fugir. Mas em altaneira ainda está ocorrendo esses tipos de
comportamentos. Definitivamente não é hora.
É
preciso antes que o vírus comece a circular por aqui que o comportamento sofra
uma alteração de 360 graus. É preciso um esforço individual para barrar a
pandemia. É um esforço individual que acarretará em benefícios para a
coletividade. É necessário usar a empatia.
Sei
também que as pessoas estão entrando em conflitos porque a OMS, as secretarias
estaduais, municipais e demais profissionais da saúde dizem algo e o presidente
diz o contrário. Já ouvi de amigos e amigas bem próximas que tudo isso é um
espetáculo montado pela mídia e que não é bem assim. Os objetivos dizem alguns
que é tirar o presidente do poder. E ainda há outros que preferem acreditar em
soluções mágicas.
Mas
mesmo assim, fica o recado. Escute a ciência. Escute os/as profissionais da
saúde e se cuide e contribua para que a Covid-19 possa sair o mais rápido
possível.
Publicado
originalmente no Blog Negro Nicolau com foto de João Alves
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