Para o presidente da Câmara dos Deputados o momento requer equilíbrio para tratar de assuntos mais importantes (Foto: Najara Araujo) |
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), questionado ontem (27/04) sobre
pedidos de impeachment e de abertura de comissão parlamentar de inquérito
contra o presidente Jair Bolsonaro, afirmou que a prioridade da Casa, neste
momento, é o combate à pandemia.
Rodrigo Maia afirmou que o papel da Câmara, neste momento, é o debate, de forma
específica, ao combate ao coronavírus, disse ainda que os conflitos políticos e nas redes sociais, mas não podem tirar do debate e da pauta os
projetos e projeções em relação ao enfrentamento do vírus que deve ser a prioridade, disse ainda que a saída dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e da Justiça
Sergio Moro colaboraram para o clima ruim.
“O
ex-ministro da Saúde e o da Justiça são homens públicos com muita
credibilidade, o que gera muita pressão da sociedade, muitas críticas ao
governo, mas todos esses processos, de CPI, impeachment, tem de ser pensados e
refletidos com muito cuidado”, ponderou.
Maia
defendeu, porém, a postura de parlamentares de debaterem a criação de CPI e a
viabilidade de um impeachment contra Bolsonaro. Ele destacou que não pode fazer
declarações sobre processos.
“Eu
sou o juiz. Não posso comentar temas em que a decisão é minha e independente.
Passei por isso no governo do presidente Michel Temer. Superamos esse
equilíbrio, e muitos olham aquele governo com saudades de coisas que a gente
fez junto”, afirmou.
“Passamos
por duas denúncias, muitos pedidos de impeachment, e não podemos ter
açodamento. A pressa faz com que a crise do coronavírus tenha contornos ainda
mais graves no impacto da vida da sociedade. Mas a Câmara deve ter paciência e
equilíbrio para tratar do mais importante, que é a vida, o emprego e a renda
dos brasileiros”, enfatizou.
De
acordo com Maia, por causa da pandemia, a previsão é de uma queda no Produto
Interno Bruto que, se comparada à projeções de crescimento para o fim de 2020
antes do coronavírus, equivaleriam a 10%.
“Isso
vai gerar aumento do desemprego no Brasil. Já se projeta aumento na taxa de
desemprego de 16%, um aumento da economia informal chegando a 50% dos empregos
no país. São números dramáticos em relação à vida, ao desemprego e à renda dos
brasileiros”, concluiu o presidente da Câmara.
Com
informações portal Correio Braziliense
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