Em
meio ao estado de calamidade pública e à lotação dos leitos de UTI para o
coronavírus, o Governo estadual prorrogou o distanciamento social e o
fechamento de alguns negócios. Decreto publicado ontem, 19, vale por 15 dias,
levando as medidas até 5 de maio. Além de manter o que já está em prática, o
documento intensifica a proteção de clientes e trabalhadores nos serviços
essenciais.
Supermercados,
farmácias, bancos, lotéricas e outros estabelecimentos já autorizados a
funcionar estão obrigados a fornecer álcool 70%, de preferência em gel. O
decreto também determina que todos trabalhadores utilizem máscaras de proteção
e que as empresas organizem filas mantendo o distanciamento mínimo de 1,5
metro. As máscaras ficam recomendadas a todas as pessoas que, durante a
pandemia, precisarem sair de suas
residências.
Já
instituições bancárias devem ainda garantir que todas as pessoas dentro dos
locais utilizem máscaras, inclusive terceirizados e clientes, e que o álcool
70% esteja disponível até nas máquinas de autoatendimento. As agências precisam
definir de um número máximo de clientes em atendimento por vez e estabelecer um
horário exclusivo para pessoas do grupo de risco da pandemia. O descumprimento
pode caracterizar crime e sujeita os estabelecimentos a penalidades previstas
na legislação.
Os
serviços de entrega em domicílio também estão abrangidos no documento. As
empresas que viabilizam serviços de delivery para outras devem orientar seus
funcionários e "disponibilizar meios e espaços para a higienização obrigatória
de veículos, compartimentos para transporte de mercadorias, capacetes e
quaisquer outros instrumentos de trabalho". Quem utiliza serviços
oferecidos por meio digital deverá comunicar à empresa responsável pela
plataforma sobre casos confirmados de Covid-19 entre trabalhadores.
O
governador Camilo Santana já havia antecipado no último sábado a continuidade
das determinações. Ontem, em publicação nas redes sociais, Santana garantiu que
compreende "os transtornos que causam algumas medidas" e explicou que
elas são tomadas com base na orientação de especialistas e de entidades da
saúde. O objetivo é diminuir a velocidade da contaminação pelo coronavírus, que
ameaça colapsar o sistema de saúde.
Santana
enfatizou que o governo busca formas para minimizar os impactos econômicos para
a população, mantendo diálogo permanente com o setor produtivo. "Essa é
uma crise que afeta o mundo inteiro. Essa decisão de renovação do decreto
estadual foi tomada na certeza de que busca, em primeiro lugar, proteger a vida
dos cearenses, o bem mais precioso", justificou.
Nas
últimas 24 horas, as confirmações de Covid-19 chegaram a mais 11 municípios do
Estado, totalizando 89 localidades afetadas. De acordo com dados da Secretaria
de Saúde do Ceará (Sesa) na plataforma IntegraSUS, atualizada às 17 horas de
ontem, a doença já infectou ao menos 3.306 cearenses. O maior número de casos
está em Fortaleza (2.688), seguido de Caucaia (82), Maracanaú (72) e Aquiraz
(38). Há 84 casos confirmados sem informação de
município.
Quanto
às mortes, o coronavírus já vitimou 189 pessoas no Ceará, o que confere uma
taxa de letalidade de 5,72%. Do total de pacientes, 80,42% apresentavam alguma
doença pré-existente. Os casos seguem concentrados em Fortaleza (148), seguida
por Caucaia (5).
De
acordo com levantamento diário do Ministério da Saúde, o Brasil tem 38.654
casos confirmados da doença e 2.462 mortes registradas. A taxa de letalidade
continua em 6,4%. Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 2.055 novos
casos e 110 mortes. O número de recuperados não foi atualizado e permanece em
14.026, que representa cerca de 38% dos infectados.
Com
informações portal O Povo Online
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