Diante do anúncio do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sobre seu pedido de demissão do governo Bolsonaro feito na manhã de ontem (24/04) , alguns governadores se
pronunciaram e tiveram reações diferentes nas redes sociais.
O Correio Braziliense selecionou as primeiras manifestações dos governadores, dentre eles o governador do estado do Ceará, Camilo Santana e os chefes dos principais estado brasileiros, Rio de Janeiro e São Paulo.
O
governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), chamou Moro para compor seu
governo. "Ficaria honrado com sua presença em meu governo porque aqui,
vossa excelência, tem carta branca sempre", escreveu no Twitter.
"Assisto
com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Federal Sergio
Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o
combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo porque aqui,
vossa excelência, tem carta branca sempre" comentou Wilson Witzel.
João
Doria (PSDB), governador de São Paulo, durante coletiva de imprensa logo após o
pronunciamento do ex-juiz, disse que a saída era "um golpe na Justiça, um
golpe na liberdade e um golpe na democracia do Brasil". No Twitter, o
tucano, que tem protagonizado embates com o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido), escreveu: "O Brasil perde muito com saída de Sergio Moro do
Ministério da Justiça”.
"O
Brasil perde muito com saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. Moro
mudou a história do País ao comandar a Lava Jato e colocar dezenas de corruptos
na cadeia. Deu sinal de grandeza ao deixar a magistratura, para se doar ainda
mais ao nosso País como ministro" escreveu Dória.
O
governador do Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que também havia rompido com
Bolsonaro após as afirmações contrárias às medidas de isolamento social
impostas em diversos Estados em razão da pandemia de Covid- 19, foi outro a se
pronunciar sobre a saída do ministro. "Lamentável que essa situação tenha
chegado a esse ponto."
No
campo oposicionista ao governo, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
publicou em seu Twitter: “Fico impressionado com a ingratidão de Bolsonaro. Ele
jamais seria eleito presidente da República sem as ações do então juiz Moro”,
referindo-se à atuação do então juiz na prisão do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Dino ainda destacou as afirmações de Moroquanto a uma tentativa
do presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal (PF).
"O
depoimento de Moro sobre aparelhamento político da Polícia Federal como base
para o ato de exoneração do delegado Valeixo constitui forte prova em um
processo de impeachment", postou Flávio Dino.
O
posicionamento do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), foi semelhante ao
de Dino. Em seu Twitter, ele também se referiu à tentativa do presidente de
interferir na Polícia Federal.
"Mais
grave que a mudança no Min da Justiça, são os fatores alegados pelo ministro
para essa mudança. Órgãos de controle e investigação como a Polícia Federal,
devem estar blindados de interferências políticas e atuar sempre com autonomia
e isenção, imprescindíveis numa democracia" escreveu Camilo.
Com
informações portal Correio Braziliense
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