Também houve cobranças relacionadas a equipamentos e estrutura básica (Foto: Reprodução/Facebook) |
Em
reunião com prefeitos de mais de 130 municípios cearenses e o governador Camilo
Santana (PT), os gestores municipais expuseram demandas relacionadas a saúde,
assistência social à população e questões fiscais das cidades referentes ao
momento de pandemia do novo coronavírus. Pedidos por mais testes, Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs) e pela recomposição do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) estiveram entre as principais pautas
debatidas.
Em
avaliação de Nilson Diniz, presidente da Associação dos Municípios do Estado do
Ceará (Aprece) e prefeito do Cedro, a reunião mostrou a importância de diálogos
contínuos entre o governo e os gestores municipais. Uma das principais
reclamações dos prefeitos se referiu ao processo de testagem da Covid-19.
"Falamos
sobre a questão dos testes e resultados e da possibilidade de termos mais deles
para realizá-los mais, tanto os rápidos quanto os exames de PCR. Em relação ao
último, todo mundo reclamou em relação à questão dos atrasos nos
resultados", afirma Diniz. "O governo, em resposta, mostrou que
habilitou outros aparelhos para poder ajudar e, assim, que a demanda represada
pudesse ser feita com mais rapidez", avança o presidente da Aprece.
Na
reunião, também houve cobranças relacionadas a aquisições anunciadas pelo
governo de insumos, equipamentos e estrutura básica. No início da semana, a
Secretaria da Saúde (Sesa) anunciou compra de 200 leitos para os hospitais
regionais do Cariri, do Norte e do Sertão Central, além da aquisição de EPIs.
"As
falas dos prefeitos foram no foco estrutural, demandando EPIs, equipamentos
como os respiradores. Houve um afinamento de diálogo entre os gestores e a
Secretaria, para alinhar o trabalho", explica Nilson.
Além
do governador e dos prefeitos do Interior, estiveram presentes o secretário da
Saúde Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, e o presidente
da Assembleia Legislativa do Ceará, José Sarto (PDT). Entre os gestores
municipais, estava o prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT).
Nas
outras pautas, também foram debatidos os auxílios sociais anunciados pelo
Governo do Estado - como a isenção das contas de água e luz e a entrega de
botijões de gás para famílias de baixa renda. Em questões econômicas, o foco do
debate foi sobre os fundos de recursos para os municípios, que devem enfrentar
dificuldades por conta da baixa arrecadação em 2020.
"Todos
nós vamos enfrentar um problema muito sério que é o de recursos, orçamentos e
receitas. Tenho conversado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do
Senado, Davi Alcolumbre, para que a gente tenha mecanismos que deem garantias
para que municípios e estados possam garantir as ações essenciais à
população", afirmou Camilo sobre a recomposição do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM).
Camilo
também destacou o diálogo com os gestores municipais como forma de alinhar
ações no combate ao novo coronavírus. "Reforcei com os prefeitos a
importância de estarmos cada vez mais juntos nas ações neste momento. O Estado
continuará sendo parceiro dos municípios para que a gente possa fazer essa
travessia da melhor forma possível, minimizando os efeitos para a
população", disse.
Segundo
o presidente da Aprece, a reunião mostrou a necessidade de diálogo entre
prefeitos e governo. "É preciso, nesses momentos de dificuldade, melhorar
a comunicação para não ter ruído, então é importante demais a participação do
governador de forma mais regular conversando com os gestores, mostrando o que
está fazendo, nós mostrando o que vem acontecendo nos municípios",
ressalta.
Com
informações portal O Povo Online
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