5 de abril de 2020

Governador prorroga isolamento social por mais duas semanas no Ceará


As medidas de isolamento social devem ser mantidas no Ceará por mais 15 dias. Decreto com a determinação foi prorrogado ontem  (04/04) pelo governador Camilo Santana. Com a nova ampliação do prazo, comércio e serviços não essenciais devem continuar fechados até o dia 20 de abril.

Os casos confirmados no Estado chegaram a 745. Houve um aumento de 87 casos nas últimas 24 horas, conforme atualização da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Com mais uma morte registrada nas últimas 24h, o número de óbitos chega a 23.

"Há uma preocupação dos especialistas que a contaminação que estava restrita a uma determinada área central da cidade começa a se espalhar em outras áreas periféricas. Há uma irradiação da contaminação em todos os bairros da Capital e também no Interior", disse Camilo em pronunciamento transmitido nas redes sociais.

Ele frisou que o isolamento social é a principal medida para diminuir a contaminação e que "tem permitido estruturar e ampliar a rede de saúde pública do Estado, com mais leitos e hospitais disponíveis para atender as pessoas com coronavírus no Ceará".

Conforme o Ministério da Saúde (MS), apesar de a transmissão do coronavírus no Brasil estar em fase inicial, a alta incidência de casos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e no Distrito Federal indica que "a fase da epidemia pode estar na transição para fase de aceleração descontrolada". A avaliação consta em Boletim epidemiológico divulgado pelo MS ontem.

O Ceará é o terceiro estado do País com a maior taxa de incidência de confirmações da Covid-19 por 100 mil habitantes, com índice de 6,8. O Estado fica atrás do Distrito Federal (13,2) e São Paulo (8,7). Rio de Janeiro e Amazonas, ambos com taxa de incidência de 6,2 completam a lista dos cinco estados com situação mais preocupante, segundo avaliação do Ministério. No país, a taxa é de 4,3 diagnósticos positivos para a Covid-19 por 100 mil habitantes.

O documento também trata da insuficiência do número de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e de internação, que ainda não estão devidamente estruturados para a fase mais aguda da epidemia. Também é insuficiente a capacidade laboratorial, bem como profissionais de saúde capacitados para "manejo de equipamentos de ventilação mecânica, fisioterapia respiratória e cuidados avançados de enfermagem direcionados para o manejo clínico de pacientes graves de Covid-19".

A pasta estima que para o momento mais crítico da emergência no País, será necessária uma ampliação para realização de 30 a 50 mil testes de RT-PCR por dia. No entanto, a Rede Nacional de Laboratório é capaz de processar aproximadamente 6.700 testes diários de RT-PCR.

Com informações portal O Povo Online


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