Os deputados Delegado Cavalcanti e André Fernandes defenderam o presidente e criticaram o ex-juiz (Foto: Reprodução/Facebook) |
Aliados
do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Ceará não tiveram a fé no
presidente abalada por recente saída do ministro Sergio Moro (Justiça) do
governo. Em
entrevista ao jornal O POVO, diversos deputados bolsonaristas cearenses
classificaram rompimento do ex-ministro como "tiro no pé", com adjetivos
como desde "precipitado" até "deselegante".
"Ele
foi fraco. Até agora não entendi essa saída, porque não vi motivo, só pisou na
bola", diz o deputado estadual Delegado Cavalcante (PSL).
Segundo
ele, acusação feita por Moro, de que Bolsonaro estaria tentando exonerar
Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal para interferir em
investigações em andamento, foram apenas "ilações sem rumo".
"Eu
já trabalhei em várias operações de combate ao crime e à corrupção, e a gente
só ia saber informações em cima da hora. Então não tem isso de vazar informação
para o presidente. O que o Bolsonaro queria era só ter informações, o que está
se passando na corporação, e não interferir", diz Cavalcante, um dos
articuladores do Aliança pelo Brasil no Ceará.
Para
o deputado federal Dr. Jaziel (PL), pesa contra Moro a ausência de provas das
acusações feitas pelo ex-ministro.
"Quem acusa tem o ônus da prova. Só dizer
por dizer, se estava tudo bem até um dia desses, não vale muita coisa. Mas ele
fazendo isso desestabiliza o País, em um momento delicado, então ele foi
antipatriota", diz, negando ainda que a saída tenha impacto no Congresso.
“Aí é outra coisa. O que
as bancadas querem, pressionam hoje, são funções, poder. Não para roubar, mas
até para participar mais ativamente do governo. Todo mundo ali está atrás de
reeleição, e Bolsonaro deve agora chamar os deputados”, diz.
Entre
aliados de Bolsonaro, "pegou mal" para Moro também a exposição de
diálogos do ex-ministro com Jair Bolsonaro e a deputada Carla Zambelli
(PSL-SP), ao Jornal Nacional.
"Quando
eu vi, pensei que era mentira. Porque a gente tinha nele essa imagem da
correção, da forma que ele fez, expor uma deputada que ele inclusive é padrinho
de casamento,sem uma prova", diz Dra. Silvana (PL).
"Prefiro
acreditar que o Congresso dará estabilidade ao governo. Para mim, Moro fez
mimimi e saiu por nada, de forma vaidosa, precipitada e até antipatriota, porque
não é hora de ficar trocando de ministro", diz.
Já
André Fernandes (PSL) criticou ausência de ações de combate à corrupção ao
longo do último ano e sugeriu nas redes sociais até que Moro agiu de maneira a
viabilizar uma candidatura à Presidência em 2022. "Moro será candidato e
já começou sua campanha".
Procurado
pela reportagem, Heitor Freire (PSL) não quis se manifestar.
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