O novo ministro André Mendonça era o Advogado geral da União (Foto: Marcelo Ferreira) |
O
Diário Oficial da União (DOU) de hoje (28/04) confirmou André Mendonça como o
novo Ministro da Justiça e da Segurança Pública do Brasil. Na tarde de ontem o
presidente Jair Bolsonaro já deu sinais de que o advogado-geral da União (AGU)
seria um dos nomes mais fortes para assumir o Ministério. Na
entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre
quem seria o substituto de Moro. O chefe do Executivo, no entanto, resolveu
manter o ar de suspense.
"Vai
ser surpresa. Eu assino e a intenção é publicar amanhã cedo”, apontou, emendando: "Vocês vão ter uma surpresa
positiva, tem dois nomes postos à mesa, o Jorge e outro. Eu não vou falar
porque, se muda, vão falar que eu recuei". Perguntado
se o escolhido seria Jorge Oliveira, atual secretário-geral da Presidência,
Bolsonaro respondeu: "Vocês vão ter surpresa. Positiva".
No
domingo o Correio Braziliense publicou que presidente Jair Bolsonaro decidiu
que o secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, seria o novo ministro da
Justiça e Segurança Pública, no lugar de Sergio Moro, mas ontem pelo Blog da
Denise, o Correio antecipou a informação sobre a opção por André Mendonça.
Mendonça
é um ministro de perfil discreto, técnico e “terrivelmente evangélico”, que já
esteve cotado inclusive para o Supremo Tribunal Federal. A escolha foi fechada
nesta segunda e se deveu a vários motivos. O principal deles foi a dificuldade
de colocar na Secretaria Geral da Presidência da República, onde está Jorge
Oliveira, alguém que fosse da “copa e cozinha” do presidente. Mandar Jorge
Oliveira para a Justiça seria “cobrir um santo para deixar outro descoberto”.
Entre
os aliados, há quem diga que é muito mais fácil buscar alguém para a AGU do que
para o cargo do Planalto, que, entre outras atribuições, ajuda o presidente na
avaliação das leis que serão sancionadas. Além disso, a escolha de Oliveira
sacramentaria a versão de que o presidente quer, na Justiça, alguém mais ligado
à sua família. Jorge Oliveira trabalhou no gabinete de Eduardo Bolsonaro antes
de ser guindado ao posto de “ministro da casa”, jargão usado para definir os
ministros com assento no Palácio do Planalto.
Sob
o ponto de vista político, muitos afirmam que o fato de Bolsonaro apresentar
Mendonça como seu ministro da Justiça e Segurança Pública ajudará a reduzir as
críticas pela nomeação de Alexandre Ramagem para a direção da Polícia Federal.
Ramagem é da “cozinha” do presidente. Mendonça, não. Resta saber se a troca de
Jorge Oliveira por André Mendonça vai mesmo melhorar o clima na Polícia Federal
com a chegada de Ramagem. Até aqui, apenas o problema de Bolsonaro no Planalto
é que está resolvido, assim como o titular do Ministério da Justiça.
Também
foi oficializada a nomeação de Alexandre Ramagem como o novo comandante da
Polícia Federal (PF).
Com
informações portal Correio Braziliense
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