Os policiais decidiram retornar ao trabalho após após 13 dias de paralisação Foto: Divulgação/Facebook) |
Após
13 dias de paralisação, os policiais militares do Ceará aceitaram acordo
negociado com uma comissão formada por representantes dos três poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário) e decidiram voltar ao trabalho. O
documento, que não prevê anistia a PMs que tenham cometido crime, será assinado
hoje, em encontro na 10ª Região Militar, a partir das 9 horas.
Entre
outros pontos, o acerto estabelece que cada processo aberto contra policiais
que participaram do motim será acompanhado por um grupo de membros da
Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) e Ministério Público
do Estado.
O
acordo, no entanto, não contempla perdão a qualquer agente que tenha incorrido
em infração, tampouco relaxamento de punição. Uma comissão permanente foi
aberta e se encarregará de avaliar os demais itens da pauta de reivindicações
dos soldados, como a isenção de ICMS para compra de armas e reestruturação da
carga horária.
Sobre
o reajuste salarial, motivo pelo qual a categoria parou, o texto aprovado pelos
policiais autoriza uma rediscussão dos percentuais contidos na mensagem que
tramita na Assembleia Legislativa, mas sem alterar o valor global destinado
pelo Governo do Estado, que é de R$ 495 milhões.
Redigida
em encontro que se arrastou por quase sete ontem, a proposta estipula também
que os PMs devem retomar o serviço a partir das 8 horas de hoje. Na noite de
ontem, alguns batalhões haviam sido desocupados.
Presidente
da OAB-CE e um dos integrantes da comissão negociadora que pôs fim à
paralisação, Erinaldo Dantas celebrou a proposta e assegurou que ela "tem
zero anistia, zero perdão". "Trabalhamos para que pudesse haver
modulação aí, e o Estado garantiu que vai haver o devido processo legal",
declarou.
Ainda
segundo Dantas, "todos os atos processuais contra PMs vão ser
revistos" e terão acompanhamento de comissão externa, a fim de garantir o
máximo de lisura. "As condutas vão ser individualizadas", continua,
"e a pena vai ser aplicada em cada caso, mas não vai haver perseguição,
demissão em massa e transferência por pelo menos seis meses após o fim do
motim".
Para
Elizabeth Chagas, defensora-geral do Estado e um dos interlocutores, o acordo
firmado entre as partes "garante imparcialidade para que não haja
excessos" nos cerca de 400 processos existentes.
Com
informações portal O Povo Online
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