Maia,
Alcolumbre e Toffoli foram criados por manifestantes, através de cartazes, no
ato realizado em Fortaleza (Foto: Julio Caesar) |
Uma "faxina" no Congresso e Superior Tribunal Federal (STF) era o discurso que se repetia entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante ato pró-governo na tarde de ontem, na Praça da Imprensa. O público, predominantemente formado por idosos - grupo de risco do novo coronavírus (COVID-19) -, minimizou a necessidade do senso coletivo em meio à pandemia.
Nas
faixas, alguns pediam por intervenção militar e diziam que o "verdadeiro
vírus do Brasil" está nas instituições. Quando questionados sobre a
recomendação do Ministério da Saúde de evitar aglomeração, afirmavam que ainda
não havia riscos. Segundo o vice-presidente do Conexão Patriota e um dos
organizadores da manifestação, Roberto Barros, a data chegou a ser remarcada.
"Quando
o presidente falou, chegamos a adiar, mas recebemos o pedido do povo dizendo que
queria ir para rua", justifica, acrescentando que orientou o uso de
máscaras e que pessoas com sintomas não comparecessem.
Por
volta das 16h30, a Praça da Imprensa ficou parcialmente ocupada pelos
manifestantes. Em alguns momentos, eles se deslocavam até a Avenida
Desembargador Moreira para travar o tráfego de veículos e buscar apoio dos
motoristas. Poucos protestantes cobriam os rostos com máscaras descartáveis
pintadas de verde e amarelo, bonecos infláveis do presidente compunham o
cenário para as selfies dos bolsonaristas, camisas e bandeiras eram vendidas
por R$ 20.
Entre
danças, canto do hino nacional e orações, falavam em "acabar com o aborto,
ideologia de gênero, invasores de terra, indústria da multa, ambientalistas,
naturalistas. Segundo a organização do evento, cerca de 10 mil pessoas
participaram do ato.
Para
a aposentada Egídia Rebelo, 65, o coronavírus ainda não é um risco em Fortaleza
e o importante é sair às ruas para apoiar o Governo. "O Bolsonaro não pode
fazer nada com esse STF que está aí. Deveríamos fazer uma limpeza", disse.
Os
principais alvos de críticas eram os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), Dias Toffoli (STF), Rodrigo Maia (DEM-RJ), ministro Gilmar Mendes,
além do Partido dos Trabalhadores (PT) e a imprensa. O movimento foi encabeçado
pelos grupos de direita: Consciência Patriótica, Endireita Fortaleza, Oração
por Bolsonaro e Conexão Patriótica.
Com
informações portal O Povo Online
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