Deputados aprovaram o projeto em votação virtual do Plenário (Foto: Michel Jesus) |
Deputados
aprovaram, em sessão remota ontem (26/03), quatro projetos de lei
de combate à crise na Saúde e na economia provocada pela pandemia do novo coronavírus.
O projeto mais esperado é o Projeto de Lei nº 9.236/17, que prevê uma renda
mínima de R$ 600 aos trabalhadores informais, podendo chegar a R$ 1.200, no
caso de mães solteiras ou famílias em que mais de um dos integrantes se
enquadre nos pré-requisitos. O texto será debatido no Senado e, caso aprovado,
segue para a sanção do presidente da República.
Deputados
aprovaram ainda o PL nº 786/20, que garante a distribuição dos alimentos da
merenda escolar às famílias dos estudantes da rede pública que estão sem aula,
o PL nº 805/20, que suspende a obrigatoriedade de hospitais filantrópicos de
cumprirem metas quantitativas e qualitativas do Sistema Único de Saúde por 120
dias, e o PL nº 696/20, que regula o uso de telemedicina enquanto durar a crise
do coronavírus.
Após
a votação do auxílio à população mais pobre, que deve garantir que as famílias
fiquem em casa pelos próximos três meses, para evitar que a contaminação por
coronavírus se alastre, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO)
comemorou. "Não é uma vitória do governo e nem do parlamento, mas do
Brasil como um todo", afirmou.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), definiu o momento como
"histórico". "O objetivo de todos é o mesmo. Todos querem salvar
vidas e encontrar o melhor caminho para que a economia sofra menos. Vossa
excelência foi propositiva. É em um ambiente de diálogo que o parlamento sempre
melhora os textos do governo. O governo pediu R$ 200. Ontem à noite, caminhou
para R$ 300. Dissemos que meio salário mínimo era pouco. O mais importante é
que a proposta saia do Senado e vá à sanção, e não ao veto”", disse.
“Ter
o apoio e a proposição do governo e ir além dos R$ 500, construir uma solução
de mais de um salário mínimo, de R$ 1.200, é um início histórico de um momento
difícil e também histórico. Espero que, daqui para frente, possamos sentar,
discutir, dialogar, para salvar vidas e garantir os empregos dos
brasileiros", completou.
Confira
quem pode solicitar o benefício aprovado pelos deputados:
Ser
maior de 18 anos de idade;
Não
ter emprego formal;
Não
receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro
programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
Renda
familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50)
ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três
salários mínimos (R$ 3.135,00); e
Não
ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
Exercer
atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
Ser
contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS);
Trabalhador
informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico);
Ou
ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
Com
informações portal Correio Braziliense
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