O governador
do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou na noite de ontem (28/03) a
prorrogação do decreto estadual que determina quarentena a parte dos serviços e
o isolamento social no Estado. O novo prazo será válido por sete dias, até
domingo, 5 de abril.
A decisão tomou como base estudos técnicos, a orientação
da comissão de especialistas em saúde e uma série de diálogos que o governador
vem tendo com diversos setores e lideranças. O prazo que expira hoje (29/03) será automaticamente renovado.
Camilo
falou sobre a preocupação do setor produtivo com a economia e empregos, e disse
que também é uma preocupação do Governo do Estado, mas que neste momento o que
deve prevalecer é a saúde da população.
"Não tenho dúvida de que estou
tomando a decisão mais correta para proteger os cearenses. Tomo essa decisão a
partir de orientações científicas e técnicas, feitas por profissionais",
afirmou. Durante o discurso, o governador adiantou que anunciará novas medidas
econômicas para o Estado a partir de amanhã (30/03).
Ontem,
em entrevista exclusiva ao jornal O POVO, após reunião com autoridades de saúde, o
gestor falou que as decisões que serão tomadas no Estado levarão em conta
aspectos econômicos, mas, em primeiro lugar, será considerada a saúde das
pessoas.
"Não podemos aumentar o risco da nossa população. Ela precisa ser
protegida. E disso não abrirei mão. Se tiver que errar, que seja pelo excesso e
não pela omissão".
Camilo Santana ressaltou ainda que estão asseguradas todas as
atividades consideradas essenciais. "Serão mantidas atividades na área da
distribuição de alimentos, logística, supermercados e também aquelas na área da
saúde e da segurança", finalizou Camilo.
O
governador também destacou que defende uma coordenação nacional das ações por
parte do Governo Federal, como há em muitos países que enfrentam a pandemia.
"Na ausência disso, cada estado age de forma diferente e toma medidas
diferentes tentando proteger a população do seu estado. Falta uma diretriz
clara, considerando o que aponta a Organização Mundial de Saúde. Do ponto de
vista da economia, ocorreram alguns anúncios importantes recentemente e isso
deverá ajudar muito. Mas não se pode dissociar as coisas. É preciso, em
primeiro lugar, atenuar esse crescimento geométrico dos casos.", destacou.
A
Fecomércio se pronunciou sobre a decisão do governador. Ontem, depois do
anúncio da prorrogação do decreto, o presidente da entidade, Maurício Filizola,
disse que era preciso buscar alternativas que possam reduzir o impacto da
quarentena.
Os
empresários encaminharam uma lista de solicitações ao governo para amenizar a
situação. Entre elas, a isenção da parte do estado relativa ao Simples
Nacional.
Com
informações portal O Povo Online
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