Ciro Gomes fala no Congresso Nacional de Gestão Pública para Resultados (foto: Thais Mesquita) |
O ex-governador Ciro Gomes (PDT) criticou ontem (13/03) as respostas que o Governo Federal tem dado à
crise que se instaurou no País com a disseminação do coronavírus. Segundo o
pedetista, o Brasil é "um Boeing sofisticado, complexo, que está com uma
das turbinas queimada e tem na cabine de comando um chimpanzé metido a
engraçado, que é o Bolsonaro".
Ciro também direcionou
suas críticas ao ministro Paulo Guedes (Economia). "É um copiloto de videogame,
não conhece o avião, não conhece o Brasil. O céu piorou muito, mas o problema
já era o avião com a turbina queimada", acrescentou.
As
declarações foram dadas ao jornal O POVO após congresso sobre gestão pública
organizado pela Secretaria do Planejamento do Estado (Seplag), realizado no
Centro de Eventos do Ceará (CEC).
Para
Ciro, o pacote de Guedes para a crise, encaminhado ao Legislativo nesta semana,
"é apostar no mais do mesmo e prescrever veneno para um doente
profundamente envenenado".
"Se
você tem uma brutal retração de capitais, o que acontece com o preço dos
ativos? Cai. É hora de vender ou segurar? Como resolve a questão fiscal
brasileira? É arrochando demanda, que comprime 60% da ativação do PIB, que é o
consumo das famílias, como estão fazendo?", questionou o ex-ministro.
"É evidente que é o oposto. Se quer resolver o problema, tem que
reestruturar o passivo das famílias."
Ciro
defendeu então a suspensão do teto de gastos, medida que impede o aumento do
investimento público em momentos de grave encolhimento da atividade econômica.
"O
teto de gastos tem que ser revogado, pura e simplesmente. Na campanha
eleitoral, eu chamei a atenção de todos os candidatos. Só no Brasil se comete
um contrassenso desses", afirmou. "Eu dizia, falando em tese",
continuou o ex-governador do Ceará, "e se acontecer uma guerra, se
acontecer uma epidemia? Lamentavelmente a epidemia vai acontecer".
O
ex-presidenciável comentou ainda sobre o impacto da pandemia de coronavírus no
País. "A epidemia de coronavírus vai acontecer. Não tem nada de pânico,
tem que ter preocupação", disse.
"Mas
o sistema hoje, sob o ponto de vista de leitos de internação, UTIs, especialmente
para as populações mais vulneráveis e idosas, dentro de 20 dias estará na
iminência de ser colapsado, se os mesmos números que aconteceram por aí afora
também acontecerem no Brasil", concluiu.
Com
informações portal O Povo Online
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