Bolsonaro com os filhos, Flávio e Carlos e o deputado Helio Negão (Foto: Divulgação/Twitter) |
A
notícia de que Jair Bolsonaro está trabalhando pessoalmente, enviando vídeos
por whatsapp, para convocação de um ato no dia 15 de março que pede o
fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) causou
imediata reação de políticos de um grande leque partidário, rechaçando a
disposição do presidente de dar um novo golpe militar no Brasil.
Líder
do PT na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (RS) publicou em suas redes sociais
os crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro.
“Não
é nem do Brasil. Desconheço na história de qualquer democracia nos últimos 200
anos um presidente da República que convocou manifestações pedindo o fechamento
do Congresso Nacional. O impeachment de Bolsonaro não é mais uma questão
política, é uma questão civilizatória”, tuitou Pimenta.
General
do Exército e deputado federal pelo PSL, Roberto Peternelli, diz que não
autorizou o uso de sua imagem em artes que estão sendo propagadas na rede, com
um texto que diz “os generais esperam a ordem do povo” e “fora Maia e fora
Alcolumbre”.
Apoiador
de Bolsonaro, ele criticou, em entrevista ao Estadão, a proposta de fechamento
do Congresso. “Ninguém me pediu para usar minha imagem. ‘Fora Maia e
Alcolumbre’ é impróprio como o ‘fora Bolsonaro’”, disse, ressaltando que “trito
entre o Executivo e o Legislativo não contribui para o País”.
O
ex-presidente Lula emitiu nota em que diz que “é urgente que o Congresso e a
sociedade se posicionem para defender a democracia” e acrescenta: “Bolsonaro
e o general Heleno estão provocando manifestações contra a democracia, a
constituição e as instituições, em mais um gesto autoritário de quem agride a
liberdade e os direitos todos os dias”.
O ex-presidente acrescenta ainda que “Bolsonaro
nunca combinou com democracia. É um falso patriota que entrega nossa soberania
aos Estados Unidos e condena o povo à pobreza. Um falso moralista que acoberta
o Queiroz e outros corruptos e criminosos”.
O
também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, também se manifestou
nas redes sociais, dizendo que “calar seria concordar” com Bolsonaro.
“A
ser verdade, como parece, que o próprio PR tuitou convocando uma manifestação
contra o Congresso (a democracia) estamos com uma crise institucional de
consequências gravíssimas. Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto de tem
voz, mesmo no Carnaval, com poucos ouvindo”, tuitou.
O
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), eleito na onda do “Bolsodória”
também se manifestou nas redes, dizendo que é “lamentável” o apoio de Bolsonaro
à tentativa de golpe militar.
"O
Brasil lutou muito para resgatar sua democracia. Devemos repudiar com veemência
qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país.
Lamentável o apoio do Presidente Jair Bolsonaro a uma manifestação contra o
Congresso Nacional".
Publicado
originalmente no portal Revista Fórum
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