Sergio Moro durante reunião com o governador Camilo Santana no palácio da Abolição (Foto: Fabio Lima) |
Em
visita a Fortaleza para acompanhar a operação de Garantia da Lei e da Ordem
(GLO) das Forças Armadas no Ceará, o ministro Sergio Moro (Justiça) sugeriu que
o reforço federal não será utilizado para reintegração de posse de quartéis
ocupados por policiais amotinados.
Questionado
sobre o tema, o ministro não negou diretamente a possibilidade, mas destacou
que a presença do Governo Federal visa “exclusivamente garantir a tranquilidade
e segurança da população”, em substituição às atividades que deveriam estar
sendo executadas por policiais paralisados. “Viemos para serenar os ânimos, não
para acirrar eles”, afirma.
Desde
o início do movimento de paralisações de policiais militares no Ceará, na
última terça-feira, 18, pelo menos dez dos 43 batalhões da corporação no Estado
foram ocupados por agentes amotinados. Em Fortaleza, a sede do 18º BPM, no
Antônio Bezerra, virou uma espécie de “centro” simbólico do movimento
paredista, com vários agentes acampados no local.
“Precisamos
colocar a cabeça no lugar e pensar o que é necessário para, daqui em diante,
solucionar essa crise em específico (...) o Governo Federal veio para que o
Governo (do Estado) possa resolver essa situação sem que, nesse lapso temporal,
a população não fique desprotegida”, reforçou Moro, durante coletiva de
imprensa no Palácio da Abolição.
Além
do ministro da Justiça, estiveram em Fortaleza os ministros Fernando Azevedo e
Silva (Defesa) e André Luiz Mendonça (Advocacia-Geral da União). Pela manhã,
eles passaram pela 10ª Região Militar, no Centro, e pelo Palácio da Abolição,
onde se reuniram com o governador Camilo Santana e representantes de órgãos da
Segurança Pública do Estado.
Em
entrevista após a coletiva de imprensa com Moro e o governador Camilo Santana
(PT), o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa,
também negou planos para uma reintegração de posse dos espaços ocupados pelos
amotinados. “Não tem previsão de reintegração, nada foi tratado sobre isso”,
afirma.
Com
informações portal O Povo Online
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