Os militares permanecerão no Ceará por mais uma semana (Foto: Barbara Moira) |
O presidente
Jair Bolsonaro (sem partido), decretou a ampliação do prazo de aplicação da
Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará por mais uma semana. A decisão foi
publicada na noite de ontem em edição extra do Diário Oficial da União e tomada
após reunião com ministros realizada durante a manhã. Com isso, as Forças Armadas
irão permanecer atuantes na segurança pública nas ruas do Estado até a próxima
sexta-feira, 6.
A
renovação do decreto ocorre em meio à indefinição da paralisação de parte de
policiais militares no Ceará, amotinados em batalhões desde o último dia 19. A
GLO inicial foi decretada no dia 20 de fevereiro e expirava ontem. O pedido de
atuação do Exército no Estado, assim como o de prorrogação do período de
validade da medida, foram feitos pelo governador Camilo Santana (PT) ao
presidente.
A
Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), afirmou, em nota, que o motim
de policiais militares envolve "uma negociação do Estado", mas,
enquanto isso, manterá o reforço das Forças Armadas. "No dia 26 de
fevereiro, o governador do Ceará pediu uma prorrogação da GLO. O governo
federal, por sua vez, autoriza a prorrogação e entende que, no prazo de até o
dia 6 de março, a situação deva ser normalizada, prevalecendo o bom
senso", diz a nota.
Após a publicação no
Diário Oficial, Camilo Santana se manifestou nas redes sociais. "Informo
aos cearenses que recebi a confirmação do Governo Federal sobre a prorrogação
da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) realizada pelo Exército
Brasileiro no Ceará, uma medida necessária pela continuidade do motim de parte
dos PMs, que tem provocado insegurança e o aumento da violência em nosso
estado. Este é um momento da união de todos contra qualquer ameaça à paz da
nossa população", afirmou o governador.
Durante
transmissão nas redes sociais na noite de quinta-feira, 27, Bolsonaro reclamou
do pedido de prorrogação da operação e disse que Camilo deveria "resolver
o problema, que é do seu Estado". O presidente acrescentou: "GLO não
é para ficar eternamente atendendo um ou mais governadores. GLO é uma questão
emergencial". Bolsonaro também pediu apoio aos governadores "para que
o Parlamento vote o excludente de ilicitude". De acordo com ele, a
proposta é uma "retaguarda jurídica" para os militares envolvidos na
operação.
Antes
da confirmação presidencial a respeito da renovação, pelo menos seis estados
sinalizaram que enviariam reforços de policiamento ao Ceará, caso a GLO não
fosse prorrogada. Os governadores do Maranhão, Rio de Janeiro, Bahia, Piauí,
São Paulo e Pará estariam envolvidos nas negociações que trariam reforços por meio
do envio de tropas das PMs locais.
Com
informações portal O Povo Online
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