No
final da tarde dessa última quinta, dia 13, ao olhar um grupo de WatsApp fui
surpreendida como todos vocês com a nota da Prefeitura Municipal sobre
Precatórios do Fundef. Em princípio, pensei que fosse até uma brincadeira, isso
porque há poucos dias nesse mesmo espaço, havia sido divulgada uma outra
opinião do promotor totalmente adversa aquela.
Tive
a mesma atitude quando li a opinião do promotor: vi todos os comentários e ouvi
com muito cuidado, todos os áudios. É óbvio que pelo nível profissional, a
última opinião instigou vários tons textuais. Naquele momento senti vontade de
participar da discussão com a minha humilde opinião, mas, recuei. Precisava
saber mais, sentir mais, ouvir mais e olhar nos olhos dos colegas como eu,
envolvidos nessa busca de reconhecimento de direitos. Assim o fiz.
Recebi
alguns na minha casa, encontrei outros em locais públicos e realizei algumas
visitas. Antes de tecer comentários sobre o sentimento coletivo, preciso deixar
bem transparente que a nossa conversa independe completamente de opção
partidária, lembrando que essa nossa caminhada começou há mais de dois anos e é
claro, que temos no mesmo grupo, pessoas que votam na situação, outros na
oposição e outros, segundo eles, sem partido definido.
Porém,
todos que eu mantive contato tiveram praticamente a mesma reação: ausência de
ódio nas palavras proferidas, sem revolta nos gestos, mas, demonstraram
claramente uma profunda tristeza, grande apatia e um olhar perdido carregado de
angústia e descrença! Garanto a vocês que foi justamente essa reação coletiva
que me trouxe aqui.
Em
uma das casas visitadas, o esposo de uma professora fez comparações sobre a
nossa busca com a atual política nacional e tentou contagiar os familiares para
o desfecho negativo dessa nossa luta. A mãe de outro professor, falou na reação
do comércio local caso recebêssemos agora. Um avô de outra professora explicou
o pensamento dele através de parábola: "essa história de lutar contra o
poder é igual a uma criança faminta com um pão nas mãos, aí vem um mais forte e
pega o pão!"
Ouvi
vários comentários nessa mesma linha. Quando eles terminavam de jogar toda
amargura e descrença, eu os lembrava que todos nós já sabíamos que não seria
diferente caso a opinião judicial fosse a nosso favor. Haveria recursos e
levaria mais tempo para a decisão final. Até aqui, nenhuma novidade.
Mostrei pra
eles que as redes sociais revelaram algo muito positivo para o grupo; o não
compartilhamento da nota pelos professores e até o silêncio deles, mostravam
claramente a nossa união para o mesmo propósito. Revelavam também, antes de
qualquer outro sentimento que nós somos sobreviventes da esperança!
Temos
esperança de iluminar o caminho dos nossos alunos na formação do seu caráter.
Temos
esperança que os mais indisciplinados aceitem nosso abraço e consigam andar por
novas trilhas até chegar no ser humano do bem!
Temos
esperança de poder sempre contribuir para um mundo mais justo, mais igualitário
e mais fraterno!
Todos
nós carregamos essa mola propulsora denominada esperança! Então, meus colegas,
somos movidos por essa força e pela crença absoluta de estarmos lutando
exclusivamente pelos nossos direitos! NÃO NOS DESANIMEMOS!
60%
dos Precatórios do Fundef ainda serão destinados aos professores! Avante!.
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