O ex-deputado Mário Mamede e ex-deputado é o primeiro signatário do documento (Foto: Blog do Eliomar de Lima) |
No
último fim de semana, durante visita a Fortaleza, a presidente nacional do PT,
Gleisi Hoffmann, recebeu documento assinado por grupo de influentes petistas do
Ceará contrários à aliança entre o governador Camilo Santana (PT) e o grupo
Ferreira Gomes (PDT).
"Isto
não é mera 'reclamação de insatisfeitos'. É a expressão da indignação crescente
e significativa de uma grande parcela da nossa militância que não está mais
disposta a aceitar a manutenção desta aliança política costurada pelo Camilo,
Ciro e Cid", diz o documento, que foi entregue também ao presidente do PT
Ceará, Antônio Filho (Conin), e ao novo presidente do PT Fortaleza, Guilherme
Sampaio.
O
ponto de partida para a crítica é declaração de Camilo publicada pelo O POVO em
6 de dezembro, na qual ele defende a manutenção da aliança com Ciro Gomes, Cid
e Roberto Cláudio nas eleições 2020. A matéria, do repórter Carlos Holanda, é
anexada ao documento.
"Este
posicionamento representa uma submissão inaceitável ao projeto político dos
irmãos Ferreira Gomes, contrariando as diretrizes partidárias que afirmaram
mais de uma vez, inclusive no último PED (processo de Eleições Diretas) que o
PT terá candidatura própria na Capital e de oposição ao governo Roberto
Cláudio", diz o texto sobre a intenção de Camilo manter a aliança.
"Como
você se sente quando Ciro em todas suas entrevistas nos chama de bandidos,
corruptos, safados e covardemente agride o companheiro Lula? Até quando vamos
nos calar?", indaga o documento. Eles cobram posicionamento dos dirigentes
petistas. "Em defesa do PT esperamos atitudes firmes de nossas lideranças
e que o PT Ceará rompa com a política que quer transformar nosso Partido em um
'puxadinho' dos Ferreira Gomes".
O
texto afirma que, caso o PT se alie aos Ferreira Gomes em 2020, como pretende o
governador, "ou se a opção for pelo lançamento de candidaturas apenas de
figuração, prestando-se ao papel de servir aos interesses dos Ferreira
Gomes", prossegue o documento, "seguramente iremos assistir a
debandada de significativa parcela de nossa militância".
O
texto tem a assinatura de 36 militantes petistas. Não há gente com mandato. Não
está na lista nenhum dos puxadores de voto da legenda. Mas, há gente influente.
O primeiro signatário é Mário Mamede, médico e ex-deputado, candidato a senador
em 2002. O advogado e ex-presidente do PT Fortaleza, Deodato Ramalho também
assina. Assim como Geraldo Accioly, homem forte dos bastidores petistas, que
ocupou cargos estratégicos em várias gestões do partido no plano federal e em
outras esferas - em particular na gestão Luizianne Lins. Estão também
militantes como Antônio Ibiapino, o professor e sindicalista Eudes Baima e
Rafael Tomyama. E professores universitários, como Mirtes Amorim, Angelo
Roncalli e Margarida Furtado.
Com
informações portal O Povo Online
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