Deputada Joice Hasselmann na CPMI das Fake News (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputado/Youtube) |
Outrora
líder do governo no Congresso e agora rompida com o presidente da República, a
deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) foi ouvida ontem (04/12) na Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Cumprindo
a promessa de contar tudo o que sabe sobre a suposta rede de internautas
apelidada de "milícia virtual" e da ligação do grupo com integrantes
do governo, Joice diz que "há milhões de reais envolvidos no esquema de
robôs que trabalha com fake news e assassinato de reputações" supostamente
em favor do clã Bolsonaro.
A
ida de Joice à CPMI agrava, ainda mais, a crise no PSL, dividido após o anúncio
de punição a 18 deputados ligados ao presidente. O filho 03 de Bolsonaro,
deputado Eduardo Bolsonaro (SP), foi suspenso por um ano.
A
deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) apresentou informações que culminam na
acusação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do chamado "gabinete do
ódio" de comandar os ataques contra desafetos da família presidencial.
"Eduardo
está amplamente envolvido e é um dos líderes desse grupo que chamamos de
milícia virtual", disse a parlamentar, que apresentou gráficos sobre como
seria feito o disparo de mensagens falsas na internet sob o comando da família
presidencial e dos aliados. Joice afirmou, ainda, que "a rede social de
Eduardo é uma das que mais influenciam ataques".
Ao
trazer números feitos a pedido dela para a CPMI, a parlamentar disse que
técnicos passaram um pente-fino no perfil do presidente da República no
Twitter, onde encontraram 1,4 milhão de seguidores fantasma. No de Eduardo,
seriam quase 500 mil robôs.
Após
citar o outro filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), a quem
qualifica como "um dos responsáveis por parte da campanha", a
parlamentar diz que "o principal foco da comissão deveria ser a busca pelo
dinheiro" porque, segundo ela, "não se fala de trocados, mas de
milhões de reais".
Joice
afirma que, com a ajuda de especialistas, fez um levantamento sobre o número de
robôs no perfil do partido do presidente, o Aliança Pelo Brasil, e encontrou um
grande número de robôs. "A página tinha 164 mil seguidores dos quais 26
mil são robôs. Uma hashtag custa R$ 20 mil reais. Imagine fazer todo esse
trabalho?".
Com
informações portal Correio Braziliense
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