Movimento na Praça Portugal, no bairro Aldeota, a favor da prisão em 2ª Instância (Foto: Mauri Melo) |
Um
grupo de manifestantes se reuniu na tarde de ontem, na Praça Portugal, para
reivindicar o retorno da prisão após condenação em segunda instância, derrubada
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro deste ano. O ato "Sem
Segunda Instância, Sem Férias", cobrou que o Legislativo Federal ponha em
votação em plenário o tema ainda em 2019, antes do recesso parlamentar.
Alguns
participantes chegaram a discutir com organizadores devido à falta de menção ao
nome do presidente Jair Bolsonaro durante a manifestação. Integrante do
movimento "Ordem e Liberdade Ceará", Edson Melo defendeu que o
objetivo do ato foi de defesa das pautas considerados mais prejudiciais.
Por
outro lado, os participantes insatisfeitos com a falta de menção ao presidente
defendiam o apoio a Bolsonaro no ato. Uma manifestante que preferiu não se
identificar afirmou que ela e seus colegas apoiam o presidente "em gênero,
número e grau".
"Nós estamos com o pé atrás para não
acreditar em qualquer um que venha com palavras lisonjeiras. Aqui todo mundo
foi homenageado, mas não foi mencionado o nome de Jair Messias Bolsonaro em
momento nenhum", criticou.
Organizador
do evento e coordenador do "VemPraRua.net", Marcelo Marinho afirmou
ter compromisso e prioridade com a pauta principal do evento, justificando a
necessidade em realizar a votação da prisão em 2ª instância antes das férias
parlamentares.
"Na
hora que vota um PL (Projeto de Lei), que já está no Senado e foi aprovado pela
CCJ, todo mundo boicota e coloca obstáculos para o próximo ano, que vai ser um
ano eleitoral. E esses deputados federais e senadores estarão defendendo seus
candidatos", afirma.
Também
presente no ato, o senador pelo Ceará Eduardo Girão (Podemos) defendeu a pauta
e destacou como "retrocesso" a decisão do STF em relação à segunda
instância. "Pela decisão vergonhosa do STF, nós saímos do rol dos países
de desenvolvimento. Não é questão porque um ex-presidente foi solto, pois
traficantes, pedófilos e homicidas estão sendo soltos no Brasil inteiro",
destacou.
Na
ocasião, Girão explicou o tema aos manifestantes, porém foi contestado por um
grupo defensor de Jair Bolsonaro ao se manifestar contra o porte de armas. O
senador também chegou a criticar a atuação de Eduardo Bolsonaro e demais filhos
do presidente, chegando a ser abordado com maior veemência por uma
manifestante.
Com
informações portal O Povo Online
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