Lula
em discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (Foto: Adonis Guerra)
|
Em
discurso, na tarde de ontem (09/11), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas
ao governo. O petista afirmou que vai percorrer o país e, em tom de campanha,
declarou que vai atuar para que a esquerda vença as eleições de 2022. Ele
discursou ao lado de outras lideranças de esquerda, como o deputado federal
Marcelo Freixo (Psol-RJ), a presidente do PT, Gleisi Hoffman (PT-RS) e
Guilherme Boulos, do MTST.
Apesar
de afirmar que não apoia um impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o
ex-presidente chegou a falar em manifestações e disse que não pode aceitar um
“governo de milicianos”. O discurso durou cerca de 30 minutos e foi acompanhado
por milhares de manifestantes.
“Eu quero dizer uma coisa para vocês. Não tem
outro jeito. Não tem ninguém que conserte este país se vocês não quiserem
consertar. Não adianta ficar com medo. Ficar preocupado com as ameaças que eles
fazem na televisão. A gente tem que ter a seguinte decisão. Este país é de 210
milhões de habitantes e não podemos permitir que os milicianos acabem com este
país”, disse Lula.
Por
diversas vezes, ele citou nominalmente Jair Bolsonaro e fez fortes críticas às
políticas de governo.
“No discurso do Bolsonaro de ontem, ele chegou a
confessar que ele devia as eleições ao Moro (ministro Sergio Moro). Na verdade
ele deve ao Moro, ao juízes que me condenaram e a campanha de fake news e de
mentira que fizeram eles ganharem do companheiro Fernando Haddad”, disse, se
referindo a vitória de Bolsonaro nas eleições do ano passado.
“Esse
cidadão foi eleito (Jair Bolsonaro). Democraticamente aceitamos o resultado da
eleição. Agora, ele foi eleito para governar para o povo brasileiro. E não para
governar para os milicianos do Rio de Janeiro”, completou o ex-presidente.
Em
cima de um trio elétrico, o político criticou a queda da Taxa Selic (taxa
básica de júros), afirmando que esse indicador financeiro não representa alívio
nas contas das famílias mais pobres.
“Aqui tem muitos economistas. Vocês estão
percebendo que a taxa de juros está caindo. Mas a taxa de juros que cai é a
Taxa Selic. Que envolve o governo e a dívida pública. Mas eu quero saber se o
juros do cartão de crédito caiu. Se o juros do cheque especial caiu. Se os
juros da Casas bahia caiu. Por que é esse juros que afeta o salário do
trabalhador (SIC)”, disse.
Por
fim, Lula lembrou de revoltas populares que estão ocorrendo em outros países da
América do Sul, como o Chile, o Peru e o Equador e convocou o povo para ir às
ruas, sem marcar uma data.
“Os nossos deputados vão ter que virar leões naquele
congresso para não deixar eles aprovarem o que querem contra o povo
trabalhador. Temos que seguir o exemplo do povo da Bolívia, do Chile, do
Equador. Não é só lutar, é resistir. É atacar. Estamos muito calmos”, completou.
O ex-presidente Lula aproveitou seu discurso para fazer
críticas ao ministro da Justiça, Sergio Moro, ao procurador Deltan Dallagnol e
a força-tarefa da Lava-Jato. "O Moro é mentiroso, o Dallagnol é
mentiroso", atacou. Lula afirmou, com veemência, que irá provar que é inocente.
“Eu tomei a decisão de ir lá na Polícia
Federal. Eu poderia ter ido para uma embaixada, para outro país. Mas eu fui lá
para provar que o juiz Moro não é um juiz é um canalha. Eu tive que provar que
Dallagnol, que não é um procurador que representa o Ministério Público. Ele
montou uma quadrilha para roubar a Petrobrás”, acusou o ex-presidente.
Com
informações portal Correio Braziliense
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.