Especialistas apontam que fim das coligações favorece grandes partidos na eleição para vereador

Cientista política e socióloga, Paula Vieira sublinha que partidos grandes largam na frente durante a campanha. Este é , inclusive, o objetivo da cláusula de barreira, ou desempenho, é reduzir a quantidade de partidos no País com base no rendimento eleitoral. Segundo justifica a estudiosa, estes partidos terão acesso a fundos partidários e eleitorais, diferente dos demais.

“São legendas mais conhecidas, têm mais condições de competitividade, vão precisar colocar nomes que cheguem mais conhecidos, que possuam espécie de eleitorado”, emenda a professora. Ao mesmo, embora lembre que o serviço demanda dinheiro, ela pondera que o advento das redes sociais concede aos futuros candidatos a capacidade de alcançar pessoas sem estar, de fato, nos locais.

Paula Vieira também joga holofotes sobre o fim das coligações. Aponta, então, que a demanda por candidaturas fortes ganha ainda mais força. “Esse cálculo precisa ser certeiro, porque não dá para entrar pelos votos de cesta.” 

Para Cleyton Monte, docente pela Universidade Federal do Ceará (UFC), quem tiver mais recursos para distribuir, caso de PSL e PT, com as maiores bancadas da Câmara, se sairão melhor. Existem dois fundos, diferentes, mas com fins parecidos.

O fundo partidário tem 95% de suas distribuição orientada por critérios proporcionais, isto é, quanto maior o partido na Câmara dos Deputados, maior o montante que receberá. 5% são distribuídos igualmente a todos os partidos que atendem aos requisitos para ser contemplados. O fundo eleitoral é definido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. Há a previsão de destinação de R$ 2,5 bi a este fundo.

Nacionalmente, o partido que elegeu o presidente disporá de R$ 359 milhões para dividir pelo País, na soma dos fundos. O PT, R$ 350 milhões. No mesmo recorte, o maior partido do Ceará, o PDT, terá R$ 174,7 para distribuir pelo País. “A margem de manobra é maior”, diz Monte sobre os partidos.

Se antes o limite de candidaturas se aplicava a um agrupamento de partidos e, para 2020, este limite será por partidos, a tendência é de mais candidaturas.

Com informações portal O Povo Online

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