Caio Blat afirmou que um de seus filmes foi suspenso em uma mostra da Caixa Cultural no Rio de Janeiro por abordar o regime militar (foto: Reprodução/Youtube) |
O
ator Caio Blat criticou ontem (04/11), o decreto do presidente Jair Bolsonaro
que altera a estrutura do Conselho Superior de Cinema. De acordo com Caio,
diversos filmes estão sendo censurados em todo o país por órgãos públicos. O
artista afirma que o cancelamento de produções ocorre por motivações políticas
e ideológicas.
O
Supremo realiza nesta segunda uma audiência pública para discutir a Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 614, apresentada pela Rede contra
um decreto do presidente da República. Caio Blat afirmou que um de seus filmes
foi suspenso em uma mostra da Caixa Cultural no Rio de Janeiro por abordar o
regime militar.
"Neste
momento, no Rio de Janeiro, cinco títulos foram cortados da mostra cultural da
Caixa. Alguns, foram tirados por conta do título, como o ‘Todo mundo tem
problemas sexuais’. O meu filme foi cortado por que termina em 1964. Por que
ele termina no final da revolução", disse.
De
acordo com o ator, além dos filmes, peças de teatro também estão sendo alvo de
perseguição por parte do poder público, com a suspensão de patrocínios e o
cancelamento das apresentações.
"A
censura já voltou a esse pais. Estamos sabendo diariamente de peças sendo
canceladas. Todos os dias tem cancelamentos de peças que já estavam marcadas
por conteúdo ideológico, sexual, por conta da diversidades", disse.
Além
dele, a atriz Dira Paes, Caetano Veloso, Ingrid Guimarães e outros artistas
participaram da audiência convocada pela ministra Cármen Lúcia.
"Precisamos
lembrar as pessoas que a gente vive em um Estado laico? Isso está acontecendo
agora", afirmou Dira Paes durante sua fala.
Ela
declarou que motivos religiosos estão sendo usados como argumento para censura.
Os participantes reclamam da paralisação da Agência Nacional de Cinema
(Ancine), com o corte de verbas.
Com
informações portal Correio Braziliense
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