O
ex-governador Ciro Gomes (PDT) erra ao adotar uma estratégia de ataques
frequentes ao PT. A opinião é do governador do Ceará, Camilo Santana (PT),
aliado do pedetista no Estado. Segundo Camilo, Ciro erra porque ninguém
consegue construir uma candidatura viável de centro-esquerda sem apoio do PT.
Uma
das primeiras lideranças do partido a defender uma autocrítica em relação a
erros cometidos na economia e na política, o governador reiterou a posição em
entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem (21/10), mas e concedida na
semana passada.
"O
PT demonstrou uma força extraordinária na última eleição. Fernando Haddad teve
47 milhões de votos, o partido elegeu a maior bancada federal, a maioria dos
governadores. Tem uma base social muito forte. O Ciro sempre foi muito aliado,
Lula não pode mais ser candidato. Defendi lá atrás que Ciro fosse candidato,
defendi a chapa Ciro-Haddad, fui um dos primeiros. Era o momento de se unir em
torno de um projeto", afirmou Camilo.
O
governador disse ainda que o PT também adota uma tática errada na forma como
faz oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o partido
deveria ter defendido uma proposta de reforma da Previdência que defendesse os
mais pobres em vez de apenas se colocar contra o projeto do governo.
"O
PT não pode fazer oposição só por oposição ao Bolsonaro, precisa mostrar os
caminhos importantes para o crescimento, para a desigualdade social no Brasil.
Por isso que tive aquele comportamento na reforma da Previdência. Não só meu,
mas do Rui (Costa, governador da Bahia), do Wellington (Dias, governador do
Piauí). É inegável a necessidade de uma reforma. Eu fiz em 2016 no meu Estado,
só não mudei a idade porque Constituição não permite", complementou
Camilo.
Provocado
sobre ter sido um dos defensores dentro do PT de que o partido faça uma
autocrítica, Camilo reiterou que a legenda deve buscar o caminho de uma
renovação.
"Sou
até criticado internamente por essa visão. Mas como quero conquistar o Brasil?
Precisa ter uma mudança, principalmente na região Sul-Sudeste, onde se criou um
antipetismo muito forte. O PT deve se renovar, se reinventar em alguns aspectos
para conquistar essa parcela da população que se decepcionou, que não acredita
mais. O partido deve mostrar que é possível, que tem coisas muito boas e importantes
que já fez e pode fazer", finalizou.
Com
informações portal O Povo Online
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