Dia histórico para o MTB nacional (Foto: Bartek Wolinski) |
Foram
dez países e três continentes durante seis meses. A Copa do Mundo de Mountain
Bike 2019 chegou ao fim no domingo em Snowshow, nos Estados Unidos e coroou
quatro campeões: Nino Schurter e Kate Courtney no cross country (XCO) e Loic
Bruni e Tracy Hannah no downhill (DH). Venha com a gente e vamos lembrar o que
de melhor aconteceu durante o ano.
Henrique
Avancini fechou o ano em terceiro na classificação, mas com um gostinho de
"quero mais". O brasileiro, quarto em 2018, cresceu de rendimento ao
longo da temporada e algumas vezes ficou no "quase". Na última etapa,
uma queda no short track o impediu de ser vice-campeão da temporada no XCO.
Avancini
venceu o short track em Andorra, teve ainda três segundos lugares e uma
sequência de acontecimentos como bater a cabeça em uma ponte de madeira,
diarreia e um tombo, o impediram de conquistar sua primeira vitória numa prova
de cross country.
O brasileiro viveu sua melhor chance de vitória no XCO em Snowshoe, EUA (Foto: Bartek Wolinski) |
Com
o desempenho em 2019, Avancini se firmou como protagonista da modalidade -
incluindo o destaque para a conquista do duplo título nacional (XCO e XCM) e
uma medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos, em Lima, mesmo tendo um pneu
furado durante a prova.
A
jornada de Nino Schurter, heptcampeão da Copa do Mundo, não foi fácil. O ano
foi marcado por derrotas inesperadas e aprendizado para o suíço, atual campeão
olímpico, que começou a temporada fora do pódio da etapa de abertura, em
Albstadt, na Alemanha, e venceu "apenas" três vezes na Copa do Mundo.
Acostumado com recordes, Nino assegurou ainda seu oitavo título mundial de MTB
antes de conquistar a primeira vitória no short track na última rodada em
Snowshoe.
O
fato é que Nino sentiu a pressão do jovem holandês Mathieu Van Der Poel, 24
anos, que já tornou-se um gigante no ciclismo. O talentoso Mathieu mostrou que
pode vencer em qualquer condição, conquistando vitórias importantes desde a
pré-temporada, como o Campeonato Mundial de Ciclocross, intercalando o ano com
provas clássicas de ciclismo (Amstel Gold Race, Dwars door Vlaanderen, entre
outras) e quatro vitórias em cinco etapas que disputou da Copa do Mundo de MTB,
fechando como vice-campeão mundial.
Mulheres
de fibra
A suíça Jolanda Neff e a atual campeã olímpica Jenny Rissveds foram os destaques do Mundial na Elite Feminino, (Foto: Bartek Wolinski) |
Após
um início de temporada estelar com domínio absoluto da americana Kate Courtney,
a suíça Jolanda Neff, mesmo com altos e baixos no ano, pressionou Courtney na
decisão do título na última corrida. Mas outras mulheres começaram a dar as
caras na elite feminina do cross country, como a francesa Pauline
Ferrand-Prévot que no segundo semestre cresceu de performance, culminando na
conquista do título mundial e na vitória na etapa final.
Outro
destaque foi Jenny Rissveds, atual campeã olímpica, que saiu de uma depressão
para retornar em alto nível com a vitória na etapa suíça e no short track nos
EUA após três anos longe das provas. A consistência das holandesas Anne
Terpstra, Anne Tauber e da suíça Sina Frei (campeã mundial sub-23) demonstrou
que novas atletas do circuito mundial chegaram para ficar.
A
temporada de 2020 promete fortes emoções, já que será ano olímpico e a elite do
XCO terá um calendário diferente. Confira data e local das etapas de 2020
23
e 24 de abril: Nové Mesto, República Tcheca
20
e 21 de junho: Vallnord, Andorra
26
a 28 de junho: Albstadt, Alemanha
15
e 16 de agosto: Lenzerheide, Suíça
22
e 23 de agosto: Mont-Sainte-Anne, Canadá
19
e 20 de setembro: Les Gets, França
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.