Em
entrevista ao portal UOL e à Folha de S. Paulo o ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu duros ataques a chamada Operação Lava
jato. Para ele, diante do que tem sido revelado como prática dos envolvidos com
a operação, no Ministério Pùblico e no Judiciário, "se essa gente
estivesse no Executivo certamente fechariam o Congresso, fechariam o
Supremo".
Mendes
considera o momento, diante das descobertas que têm sido proporcionadas pelas
conversas divulgadas pelo site The Intercept e parceiros, o melhor é
"encerrar o ciclo de falsos heróis".
Na
conversa com os jornalistas Tales Faria e Thais Arbex, o ministro do STF
questiona o fato de como são recebidas as críticas que se faz à Lava Jato.
Gilmar Mendes estranha o que se alega como "espírito da Lava Jato",
indicando uma coisa semeluante a um "poder soberano. Onde? Em
Curitiba". Descobre-se agora, diz ele, "que eles faziam delações
submetidas a contingência, ironizavam as pessoas, perseguiam familiares para
obter resultados em relações ao investigados". Todas ações, segundo
destaca, à margem da lei.
Outro
ponto que Gilmar Mendes destaca na conversa com os jornalistas é a alegada de
que gozam os procuradores da Lava Jato e, em especial, o então juiz da 13ª Vara
Federal, hoje ministro da Justiça, Sergio Moro.
"Se
um tribunal passar a considerar esse fator, ele tem que fechar, porque perde o
seu grau de legitimidade", analisa, considerando que tal situação
representaria a falência do Judiciário.
Quanto
à situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dado como uma das
principais "vítimas" da ação da Lava Jato, que já o condenou duas
vezes, Gilmar Mendes prevê que entre os meses de outubro e novembro o STF deve
julgar o habeas corpus solicitado pelo petista e que tem como base alegadas
irregularidades cometidas durante o processo. Dentre eles, uma suspeição ao
juiz Sergio Moro pela forma como se relacionou com a acusação, representada
pelos procuradores reunidos na força tarefa que conduziu a investigação.
Apesar
do tom forte das declarações do ministro do STF, a opção da Lava Jato foi, até
o momento, dar o silêncio como resposta. Nenhum dos procuradores baseados em
Curitiba, centro principal da operação se manifestou, em declaração, nota
oficial ou pelas redes socias, espaço no qual costumam ser ativos.
Já
Sergio Moro, esteve ontem à tarde visitando o presidente Jair Bolsonaro em São
Paulo, mas saiu sem falar com os jornalistas, registrando o encontro no
Twitter. Sobre Gilmar Mendes, nada.
Com
informações portal O Povo Online
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